Análise comparativa de diferentes configurações de bloqueio de haste intramedular bloqueada submetidas à compressão axial

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: de Souza, Gislane Vasconcelos [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/236443
Resumo: Objetiva-se avaliar o bloqueio ortogonal em hastes intramedulares bloqueadas, com e sem estabilidade angular, comparativamente ao sistema de bloqueio paralelo, por meio de testes biomecânicos de compressão axial. Para tal foram utilizados corpos de prova impressos em impressora 3D com falha crítica (20 mm) simulando cominuição diafisária. As hastes foram confeccionadas com 175 mm de comprimento e 8 mm de diâmetro, e divididas em quatro grupos (sete unidades cada). O grupo 1 (G1) foi composto por hastes intramedulares com dois orifícios no segmento proximal e dois no segmento distal, todos roscados, para promover bloqueio dos parafusos com a haste (ângulo estável) e com as corticais dos corpos de prova; neste modelo os orifícios do implante foram dispostos no mesmo plano. No grupo 2 (G2), utilizou-se o mesmo sistema de bloqueio do G1, porém com disposição ortogonal dos orifícios de bloqueio. Já no grupo 3 (G3) o sistema de bloqueio foi formado por bolts específicos confeccionados para acoplamento junto aos orifícios da haste intramedular sem rosqueamento (sem ângulo estável), com corpo maciço e liso, e extremidade proximal com filetes de rosca para interação com a cortical cis do corpo de prova. Neste grupo os orifícios de bloqueio da haste foram dispostos de maneira paralela. No grupo 4 (G4), o mecanismo de bloqueio foi o mesmo do G3, porém com disposição dos orifícios de maneira ortogonal. Foram obtidos resultados de força máxima (N), rigidez (N/mm) e deformação máxima (mm). Força e deformação máxima foram avaliadas pela análise de variância (ANOVA), seguido pelo teste post-hoc de Tukey. Para a variável rigidez foi aplicado teste não paramétrico de Kruskal-Wallis, seguido pelo post-hoc de Dunn. Nível de significância de 5% foi adotada em todas as análises. O grupo 2 obteve o maior valor absoluto de rigidez (4573,14 N/mm), porém sem diferença estatística quanto a média entre os demais grupos para esta variável. O grupo 4, embora tenha sustentado a menor força máxima (16984,07 N) entre os grupos avaliados, foi o grupo que deformou menos (média 8,74 mm). Assim, o bloqueio ortogonal apresenta similaridade mecânica em testes destrutivos de compressão axial e podem representar excelentes alternativas a hastes com bloqueio paralelo, especialmente quando a configuração da fratura limita o seu uso, possibilitando a fixação de dois parafusos mesmo na presença de limitado estoque ósseo. No entanto, estudos clínicos são necessários para avaliar o comportamento de tais implantes frente ao ambiente biológico.