Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Nogueira, Narayana Browne de Deus |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/216642
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Resumo: |
A internacionalização do ensino superior no Brasil tem sido amplamente discutida e sua relevância já se tornou clara em meio à sociedade globalizada. Dessa forma, percebe-se que no Brasil, essa temática se tornou uma política pública de Estado, que veio ser ainda mais fomentada a partir do lançamento do Programa Ciência sem Fronteiras, em 2011. E é a partir desse cenário que o presente estudo surge com o objetivo de compreender a importância pedagógica e cultural que o intercâmbio internacional é capaz de promover (ou não) na formação de alunos do ensino superior, de acordo com a perspectiva do aluno intercambista. Como forma de concretizar esta pesquisa realizou-se um estudo de caso com 15 alunos intercambistas do curso de Licenciatura em Educação Física do IFSULDEMINAS, campus Muzambinho - MG. A pesquisa de cunho qualitativo foi conduzida por meio de análise documental e adotou-se como técnica de coleta de dados a entrevista semiestruturada. As entrevistas foram gravadas para posterior transcrição e análise. Ao todo foram realizadas 15 entrevistas. Como instrumento de análise foi adotado o método conhecido como análise de conteúdo. A etapa desta análise foi constituída pelo tratamento e pela análise e interpretação propriamente dita dos dados. Nessa etapa, os resultados foram analisados à luz da teoria utilizada, onde fundamentou-se nos ensinamentos de Bourdieu sobre capital, habitus e campo. Os resultados apontaram que, de acordo com a visão do aluno intercambista, as experiências referentes à pouca ou falta de domínio da língua estrangeira do país de destino foi uma questão fundamental que impactou não só no aproveitamento das disciplinas, mas também em relação a todos os aspectos culturais proporcionados pelo intercâmbio. No entanto, para sanar tal problema, os entrevistados declararam que empreenderam grande esforço para aquisição deste capital linguístico, buscando minimizar o déficit de capital cultural que possuíam. Além disso, percebeu-se que para estar inserido a uma nova cultura, compreendê-la e ser “aceito” pela mesma, envolve, assim, falar a língua desta. É notório o valor atribuído às experiências culturais na fala dos alunos. De certa forma, a prática do deslocamento cultural está intimamente ligada à construção de novas concepções de vida, quer sejam elas nos campos educacionais, profissionais e até mesmo no da existência enquanto ser uno ou social. Aprender algo novo em termos de cultura e experiências de vida, foram marcas importantes do processo. Assim, a partir dos pontos de vista dos intercambistas, compreender a nova cultura e interagir com a mesma, deixá-la ser agregada a seus costumes, possibilita se deslocar para o ponto de vista do outro e isso é incorporar um novo capital cultural. Percebeu-se, nas falas, que conhecer algo novo não está relacionado somente à vida pessoal, em conhecer outros lugares, fazer novas amizades, aprender uma nova cultura e uma língua estrangeira, mas também aos conhecimentos acadêmicos, à curiosidade de se comparar a realidade acadêmica brasileira com a de outros países, em busca de capacitação e apropriação de novos saberes em seu campo de atuação profissional. |