Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Cristiano Correa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/181101
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Resumo: |
O veneno de serpente tem sido utilizado para diversas finalidades terapêuticas; portanto, desde o início do século XX, a criação de serpentes em cativeiro tornou-se uma atividade cada vez mais relevante. Os principais motivos da existência e permanência destes cativeiros se atribuem à produção dos soros antiofídicos, e o uso de seus venenos e seus componentes isolados com potenciais aplicações à saúde animal e humana. Porém, a vida em cativeiro pode resultar na síndrome da má adaptação, a qual o animal sob estresse desenvolve inapetência e, consequentemente há o acometimento da imunidade, podendo desenvolver infecções por micro-organismos como fungos, bactérias e vírus. Desta forma, o controle e prevenção de infecções em serpentes mantidas em cativeiro tornaram-se assuntos muito importantes. Dentre as doenças infecciosas virais, têm-se a infecção pelo Paramixovírus ofídico, atualmente, denominado Ferlavirus reptiliano. Este vírus é altamente devastador em serpentes, pois atua no sistema nervoso central e respiratório, podendo levar à morte e/ou morbidade na fase aguda da doença, sendo que na fase crônica, o animal pode atuar como reservatório do vírus, e disseminar a doença no plantel. Atualmente, não há tratamento específico nem vacinas disponíveis para esta virose. Porém, testes sorológicos estão emergindo para a detecção de anticorpos. Dentre estes testes, encontram-se o ensaio de Inibição de Hemaglutinação (HI) e o ensaio de ELISA de Bloqueio de Fase Líquida (BFL-ELISA), os quais diferem na sensibilidade e especificidade analítica. Diante do desafio de diagnosticar e prevenir esta grave infecção, o objetivo deste projeto foi realizar um estudo soroepidemiológico da infecção por paramixovírus ofídico em serpentes mantidas em cativeiro através de testes de HI e BFL-ELISA. Para os testes, utilizou os soros de 302 serpentes das famílias Viperidae, Boidae e Colubridae, as quais eram provenientes de cativeiros intensivos e semiextensivos de três estados da região sudeste do Brasil. Os resultados evidenciaram que os animais, independente da espécie e do tipo de cativeiro, possuem anticorpos anti-paramixovírus, inclusive àqueles recém-chegados da natureza. As serpentes da espécie Crotalus durissus terríficus, (C.d.t.) possuem maior quantidade de anticorpos que as demais espécies estudadas, independente da origem e do tipo de alojamento. Dentre os animais da espécie C.d.t., houve um aumento significativo de anticorpos naquelas que vivem no serpentário semiextensivo em comparação com as que vivem no serpentário intensivo. É provável que o Paramixovírus seja um vírus oportunista e endêmico na natureza da região Sudeste do Brasil, sendo favorecido pelo contato das serpentes de vida livre. Novos estudos para detecção do vírus nas serpentes devem ser realizados, uma vez que, tanto os animais de cativeiro como de vida livre apresentam anticorpos contra o paramixovírus ofídico. |