A crítica literária dialética de Antonio Candido e Roberto Schwarz

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Couto, Elvis Paulo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/217281
Resumo: Os trabalhos de crítica literária de Antonio Candido e Roberto Schwarz nos propiciam uma reflexão no domínio da teoria literária, pois ambos se posicionaram contra os reducionismos da análise puramente sociológica e do exame estritamente formal-estrutural, forjando, cada um a seu modo, um método que investigasse a interpenetração entre a forma ou estrutura e o seu conteúdo social. Devido à afinidade de sua metodologia, as obras desses críticos são em geral aproximadas em discussões teóricas no âmbito dos estudos literários, como se Candido houvesse forjado um método a que Schwarz teria posteriormente dado continuidade. Esse método é a crítica literária dialética, isto é, aquela que opera a mediação entre a dimensão estética da literatura e a totalidade histórica e objetiva de que ela faz parte. Sem negar a proximidade intelectual evidente entre o mestre e o aluno, esta tese propõe a construção de uma história das ideias que evidencie não somente as convergências, mas sobretudo as divergências entre Candido e Schwarz no que concerne ao modo dialético de exposição da crítica. Assim, nós buscamos compreender o que esses autores entendem por crítica dialética nos seus trabalhos em que essa perspectiva metodológica foi, a nosso ver, adotada, quais sejam: "Formação da literatura brasileira", “Dialética da malandragem” e “De cortiço a cortiço”, de Antonio Candido; "Ao vencedor as batatas", "Um mestre na periferia do capitalismo" e “A poesia envenenada de Dom Casmurro”, de Roberto Schwarz. Não nos posicionamos do ponto de vista normativo, de modo a julgar a adequação da concepção de dialética dos críticos à tradição hegeliano-marxista, mas do ponto de vista interpretativo e crítico. Desse modo, pudemos, além de desvendar a particularidade epistemológica de cada um e o rendimento heurístico de suas abordagens, verificar quais os problemas e as soluções que eles apresentam à teoria literária no que diz respeito à crítica dialética ou à sociologia da literatura.