Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Musse, Guilherme Neif Vieira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/180303
|
Resumo: |
Introdução: O infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST (IAMCST) é a apresentação clínica de maior gravidade dentre as síndromes coronarianas agudas, com alta morbidade e mortalidade e responsável por grande número de hospitalizações cardiológicas no mundo. A literatura evidencia que o padrão alimentar interfere no prognóstico dos pacientes vítimas de síndromes coronarianas agudas. Recentes estudos associaram hábitos alimentares como jantar tarde e não tomar o café da manhã com maior risco de eventos cardiovasculares. Hipótese: Foi elaborada a hipótese de que jantar tarde e não tomar o café da manhã está relacionada a pior prognóstico em pacientes admitidos com IAMCST. Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar a associação entre jantar tarde e não tomar o café da manhã com o desfecho combinado de mortalidade e arritmias malignas (TV/FV) nos pacientes com IAMCST durante a internação e 30 dias após a alta hospitalar. Casuística e Métodos: Esse estudo é prospectivo e observacional, realizado com pacientes admitidos com o diagnóstico de IAMCST na Unidade de Terapia Intensiva Coronariana (UTI-UCO) da nossa Instituição, com idade maior ou igual a 18 anos, durante 13 meses consecutivos. Durante a internação os doentes responderam sobre os seus hábitos em relação à ingestão do café da manhã e os seus horários de jantar previamente às suas internações. Foram realizadas análises uni e multivariadas e o nível de significância adotado foi de 5%. Resultados: Foram coletados os dados de 126 pacientes, dos quais foram excluídos cinco por estarem em ventilação mecânica e oito pela alteração do nível da consciência. Foram selecionados 113 pacientes no estudo com o diagnóstico de IAMCST no período de agosto de 2017 a agosto de 2018, com média de idade de 59,9 ± 11,1 anos, sendo 73% do sexo masculino. Ocorreram seis óbitos no período estudado (33,3% dos desfechos), sendo quatro no período intra-hospitalar e dois no período de 30 dias após a alta nosocomial. Na população analisada 51,3% dos pacientes jantavam tarde e 57,5% não tomavam o café da manhã; 40,7% deles jantavam tarde e não tomavam o café da manhã. Na análise univariada esses hábitos alimentares combinados estiveram associados com os desfechos durante a internação e em 30 dias após a alta. Na regressão logística ajustada por sexo, idade, pico de CKMB e fração de ejeção do ventrículo esquerdo os hábitos combinados apresentaram maior associação com pior prognóstico durante a internação (OR= 5,201; IC95%= 1,306-20,713; p= 0,019) e 30 dias após a alta hospitalar (OR= 3,875; IC95%= 1,218-12,327; p= 0,022). Conclusão: A combinação de jantar tarde e não tomar o café da manhã está associada à maior incidência de arritmias malignas (TV/FV) e óbitos durante a internação e 30 dias após a alta hospitalar nos pacientes com IAMCST. |