Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Mello, Bruno Falararo de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/192396
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Resumo: |
O livro didático é parte integrante da cultura escolar. Sua relevância na escola moderna foi se ampliando à medida que se tornou instrumento de apoio quase indispensável aos professores e aos alunos, em razão de democratizar o acesso aos conteúdos concernentes ao campo do saber de uma disciplina escolar. Na história da Geografia escolar brasileira, o livro didático assume particular relevância a partir das primeiras décadas do século XX, com as obras do professor Carlos Miguel Delgado de Carvalho. O objetivo deste estudo é a análise dos conteúdos de climatologia escolar em livros didáticos de Geografia para o Ensino Médio em perspectiva diacrônica. O período escolhido abrange a década de 1960 até a década de 2010. Foram selecionados cinco livros didáticos, pertencentes a autores da Geografia escolar brasileira: os livros O Mundo em que vivemos e Terra brasileira, de Aroldo de Azevedo, da década de 1960; o livro Geografia geral, de Elian Alabi Lucci, da década de 1980; o livro Panorama geográfico do Brasil, de Melhem Adas, da década de 1980; o livro Geografia: contextos e redes – volume I, de Angela Corrêa da Silva, Nelson Bacic Olic e Rui Lozano, da década de 2010. Além dos conteúdos específicos de climatologia escolar, analisamos as intenções dos autores por meio de seus discursos, presentes nos prefácios, capítulos introdutórios e partes específicas para o professor. Adotamos como método investigativo o chamado paradigma indiciário, um ramo da hermenêutica. Desse modo, procedemos a uma investigação que contempla não só a relação do currículo oficial correspondente a cada período com os aspectos formais da climatologia acadêmica, no que diz respeito a conteúdo, mas também à vinculação dos autores desses livros didáticos às principais correntes teórico-metodológicas da Geografia e da climatologia enquanto ciência de referência (em suas vertentes estática e dinâmica). Para embasar este trabalho, recorremos a pesquisadores que discorrem sobre a instituição da Geografia como disciplina fundante da escola moderna e como ciência autônoma, reivindicante de epistemologia e métodos próprios, no século XIX. Recorremos, igualmente, a pesquisadores que discutem a importância das disciplinas escolares na perenização e propagação de cultura, bem como ao papel delas na criação de conceitos próprios, com relativa independência da sua respectiva ciência de referência, para atender às finalidades da educação escolar. |