Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Falcão, Alessandra Pereira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/192270
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Resumo: |
Estudos em Psicologia do desenvolvimento têm enfatizado a importância de um repertório habilidoso para que as crianças estabeleçam interações sociais saudáveis. Sabe-se que o comportamento da criança é multideterminado e influenciado pelos comportamentos das demais pessoas que fazem parte de seus contextos (familiares, professores, pares). O objetivo da pesquisa foi avaliar os efeitos de uma intervenção em grupo com crianças para promover habilidades sociais infantis nos contextos familiar e escolar, em um delineamento experimental de grupo, com grupo experimental e grupo controle (Estudos 1, 2 e 3) e delineamento de sujeito como controle dele mesmo (Estudo 4). Foi utilizado o procedimento de intervenção Promove-Crianças (FALCÃO; BOLSONI-SILVA, 2016). Os participantes foram 41 crianças que cursavam o primeiro ano do ensino fundamental de escolas municipais de uma cidade no norte paranaense e que apresentavam diagnóstico clínico, em comorbidade, para problemas de comportamento interalizantes, externalizantes e totais, de acordo com relatos de mães/pais e de professores. As crianças foram distribuídas randomicamente em grupo experimental (21 crianças) e grupo controle (20 crianças). Para mensurar efeitos da intervenção foram aplicados instrumentos que avaliassem os comportamentos das crianças (habilidades sociais e problemas de comportamento), de suas mães/pais e de seus professores (práticas educativas e indicadores de saúde mental) em três momentos para o grupo experimental (pré-teste, pós-teste e seguimento) e em dois momentos para o grupo controle (Sonda 1 e Sonda 2), no que refere ao Estudos 1 e 2. Para o Estudo 4 as mesmas variáveis foram analisadas, mas os resultados analisados foram do grupo controle, que passou por intervenção, e passou a ser chamado de experimental 2. Já no Estudo 3 foram avaliados os comportamentos apresentados pelas crianças durante as sessões de intervenção. Como resultado as crianças dos grupos experimental 1 (Estudos 1 e 2) e experimental 2 (Estudo 4) apresentaram menores frequências de problemas de comportamento após a intervenção tanto do ponto de vista dos pais como dos professores, também houve melhora na interação pai-filho e professor-aluno, com diminuição de práticas negativas e aumento de práticas positivas dos adultos. Quando comparados os resultados das fases de avaliação sonda 1 e sonda 2 não houveram diferenças significantes nos comportamentos das crianças participantes do grupo controle do ponto de vista de pais e professores. Os pais não apresentaram ansiedade e depressão em nível clínico antes ou após a intervenção. A análise dos comportamentos das sessões de intervenção, permitiram afirmar que a frequência de habilidades sociais se manteve alta e as frequências de problemas de comportamento se manteve baixa, enfatizando a importância do reforçamento contingente para que as interações habilidosas sejam estabelecidas. É possível afirmar que o Promove-Crianças é uma ferramenta importante na intervenção de crianças que apresentam problemas de comportamento dos tipos internalizantes, extermalizantes e totais nos ambientes escolar e familiar. Os resultados serão apresentados em quatro estudos. |