Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Floro, Elisângela Ferreira [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/141910
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Resumo: |
A Lei n. 11892/2008 criou os Institutos de Educação, Ciência e Tecnologia (IF’s) a partir da fusão dos CEFET’s, das Escolas Agrotécnicas Federais e das Escolas vinculadas às universidades. As Escolas Agrotécnicas e os CEFET’s eram especializados (salvo algumas experiências com o ensino tecnológico) na oferta de educação profissional técnica de nível médio. Contudo, a Lei que os criou, imputou-lhes a responsabilidade de atuar em todos os níveis de ensino (desde o fundamental até a pós-graduação), como forma de ampliar o número de vagas com menor custo, maximizando o aproveitamento dos recursos estruturais e humanos já existentes. Os docentes tradicionalmente habituados a trabalhar com educação profissional de nível médio se viram impelidos a atuar em vários níveis de ensino e a desenvolver extensão e pesquisa em moldes similares aos praticados nas universidades. Diante da realidade, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) acionou um intenso processo de gerencialismo educacional para regular o trabalho docente, a fim de comprometê-los com as metas da missão institucional, fato que afetou diretamente as condições de trabalho dos docentes que atuam na rede federal de ensino. Em virtude desta situação, esta pesquisa visou investigar se as mudanças na estrutura gerencial do IFCE estão ocasionando gradual intensificação e precarização do trabalho docente. O universo da pesquisa foi composto pelos três campi mais antigos do IFCE, onde realizamos observações diretas e coleta de dados de fontes bibliográficas primárias (tais como a legislação educacional e os documentos internos do IFCE). Realizamos entrevistas com um membro da equipe técnico-pedagógica e/ou dos Recursos Humanos, a fim de averiguar os motivos que conduziram às reformas internas do IFCE e complementamos estas informações com a realização de entrevistas e questionários aplicados a 10% dos docentes de cada campi observado. A partir das entrevistas e dos questionários, constatamos que os impactos do gerencialismo educacional não atingem o conjunto dos docentes da mesma forma, levando uma parcela dos profissionais a considerar que a intensificação do trabalho e a perda da autonomia são problemas isolados, que devem ser resolvidos individualmente. Além disto, a reestruturação da carreira não aumentou o staus profissional dos docentes da EBTT, que ainda são vistos como profissionais mais ligados ao pragmatismo da área técnica e tecnológica do que a profissionais vinculados à área acadêmica. No entanto, os docentes são cobrados pelos sistemas de avaliação a desempenhar trabalhos bastante similares aos docentes das universidades, contribuindo para precarizar ainda mais suas condições de trabalho devido à intensificação de atribuições. |