Ensaio clínico do enxaguatório bucal contendo tetrapalmitato de clorexidina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Ferreira, Carla Maria Ribeiro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/191641
Resumo: O uso de antissépticos em forma de enxaguatório bucal é indicado como coadjuvante no tratamento de alterações bucais, como doenças periodontais. A clorexidina (CHX) apresenta maior eficácia no controle do biofilme dental, porém os produtos disponíveis no mercado apresentam desvantagens como efeitos adversos de aparecimento de manchas dentárias extrínsecas e alteração reversível de paladar, dificultando a utilização por período prolongado. O tetrapalmitato de clorexidina (TPCHX), sal insolúvel de clorexidina, foi previamente avaliado, demonstrando atividade cariostática in vitro frente a Streptococcus mutans, vantagens em relação ao mascaramento do sabor amargo, redução na interferência do paladar e diminuição da possibilidade de aparecimento de manchas. O presente trabalho teve como objetivos a otimização da síntese deste sal e sua formulação como enxaguatório bucal para avaliação do efeito anti-placa através de ensaio clínico randomizado cruzado, duplo cego. Os grupos experimentais foram: grupo teste, sendo utilizado o enxaguatório formulado contendo TPCHX a 0,3%; e grupo controle positivo, sendo utilizado o produto comercial Periogard®, contendo digluconato de clorexidina (DGCHX) a 0,12%. O ensaio clínico foi realizado na clínica de Periodontia da Faculdade de Odontologia (UNESP/Araraquara). Os participantes receberam os produtos codificados para utilização diária (2 vezes ao dia), de 15 mL para bochecho por 30 segundos, para acompanhamento de 2 semanas. Após término da primeira etapa, foi aguardado 1 mês (washout) e o ensaio foi repetido porém com utilização do produto diferente do anteriormente utilizado (crossover) pelo mesmo período. Foram determinados o índice de placa (IP), índice gengival (IG), sangramento à sondagem (SS), medidas de profundidade de sondagem (PS), nível gengival (NG) e nível de inserção clínica (NI) nos momentos iniciais e finais de cada etapa. Foi avaliado através de questionário a utilização e satisfação durante o uso dos produtos, visando também relato de possíveis efeitos adversos, nos momentos intermediários e finais de cada etapa. A análise estatística foi conduzida considerando a técnica de intenção de tratar, sendo correspondente ao resultado de vinte e um participantes. Os resultados obtidos indicam uma tendência de redução nos índices IP, IG e SS similar entre os dois produtos avaliados, manutenção dos índices PS, NG e NI similarmente também. Porém, não foram observados efeitos adversos como alteração de paladar e gosto amargo no grupo teste (TPCHX), com diferença estatística em relação ao grupo controle positivo (DGCHX). Observou-se também menor propensão ao aparecimento de manchas com utilização do TPCHX, apresentando diferença estatística quando comparado ao DGCHX. Devido à menor possibilidade de efeitos adversos do TPCHX, a profilaxia da placa bacteriana poderá apresentar melhor resultado que a terapia atual, melhorando a adesão ao tratamento e a qualidade de vida.