Metodologia de pressão-estado-impacto-resposta aplicada no estudo de avaliação ambiental da bacia hidrográfica do alto de Sorocaba

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Soares, Angélica de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/182165
Resumo: O crescimento populacional, industrial, agrícola sem o devido planejamento alteram significativamente a qualidade e a quantidade dos recursos naturais nos diferentes ecossistemas. Neste contexto, instrumentos legais fazem-se necessários para o controle e gestão desses recursos. A gestão ambiental torna-se importante no processo de planejamento e aplicação de práticas, métodos e ações ambientalmente adequadas. Em reservatórios, ela contempla ações preventivas e corretivas, tendo em vista a conservação desses. Na região sudeste da cidade de Sorocaba/SP, está localizado o reservatório de Itupararanga, projetado inicialmente com a finalidade de geração de energia elétrica. Entretanto, com a crescente demanda por água potável, o reservatório passou a ser utilizado também para abastecimento público. Atualmente é considerado um dos principais mananciais de água potável da bacia do Alto Tietê. Diante disso, esta pesquisa teve como objetivo analisar a relação do uso e ocupação do solo no entorno do Reservatório de Itupararanga e sua interação com a qualidade ambiental, através da análise de aspectos e impactos ambientais. O método escolhido foi o uso do indicador de sustentabilidade Pressão-Estado-Impacto-Resposta (PEIR). As condições de Pressão e Estado foram caracterizadas por meio da revisão sistemática de literatura e realização de visitas in loco (reservatório e cabeceira dos rios formadores), os impactos foram hierarquizados por meio da matriz de interação e as respostas obtidas através da pesquisa de programas e projetos na esfera federal, estadual e municipal. A metodologia mostrou-se satisfatória, uma vez, que permitiu inferir sobre os seguintes indicadores: Pressão (P) ocupação urbana, desmatamento, atividades agrícolas e alteração na qualidade da água;Estado (E) crescimento populacional, falta de saneamento, supressão de vegetação, contaminação dos cursos d’água, monoculturas entre outros;Impacto (I), foram aplicados no modelo os mais significativos de acordo com a ponderação realizada. Sendo alguns deles: ocupação de área permanente, redução de biodiversidade, aumento na demanda por água, moradia, transporte e na geração de resíduos sólidos e lançamento de efluentes, dentre outros. A análise das respostas (R) revelou que existem atividades na esfera federal (O Pacto das Águas) , estadual (Programa Município VerdeAzul) e alguns projetos municipais que regem sobre a proteção e manutenção dos recursos naturais. No entanto, houve uma incompatibilidade dos dados fornecidos nos portais de comunicação dos municípios com os resultados apresentados no ranking do programa Município VerdeAzul, demonstrando que somente a criação de leis, programas e projetos não é o suficiente para garantir a proteção dos recursos naturais, sendo necessário também a fiscalização, monitoramento e a prática desses instrumentos. Destacam-se assim, a necessidade de programas e projetos eficazes e perenes para a gestão ambiental, que concilie o uso com a proteção dos recursos naturais. Deste modo, este trabalho se configura como uma importante ferramenta para a realização de novas pesquisas e elaboração de projetos e políticas de gestão, espera-se assim auxiliar outros pesquisadores e gestores municipais, no caminho de ações pautadas no desenvolvimento sustentável.