Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Rodrigues, Erika [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/90124
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Resumo: |
Entre a voracidade incontrolável que cavouca fissuras na escrita, as muitas vozes sobrepostas nas leituras dos autores e a euforia no espanto da infância, se faz este estudo. Entre os inquietos e incapturáveis movimentos que arremessam a escrita em fluxos que pulsam fora das linhas e as perguntas disparadas, (re)inventadas e embaralhadas na (co)mposição de espaços no cotidiano escolar. No palpitar dos interstícios em que cintilam vislumbramentos, a escrita se transmuta ao cair vertiginosamente nos labirintos cujas reconfigurações não cessam de se desfazerem, nos contágios de um olhar sem face, mudo, à espreita, no qual a pupila se expande e, ao mesmo tempo, se contrai, atraindo e expulsando as imagens para o assombro da cegueira em que irrompem visões de um olho cego, olhar cuja pupila desgovernada bailarina as confusões de uma menina festejando a desorganização dos corpos, pupila que invade todo o corpo e, na escuridão, vive as nervuras do abismo que atrai para fora, no fascínio das forças em que não há margens, não há rotas e não há rostos. No desfazimento dos rostos, o corpo se (re)inventa em cores e carícias, na feitura de cor(pos) em festa, corpos ex espelho-água-vidro, na delicadeza acqua corpo, em corpos nuvens que redobram e invertem em chão-céu o pátio da escola e tocam as distâncias intransponíveis do universo, translucidez azul de corpos que fluem em um rio sem fim, corpos que não se conformam ao esquadrinhamento das funções e localizações do organismo, não se enquadram à formatação de sujeitos e não se detém aos contornos dos papéis. Nas tentativas de recriar corpos-outros são disparados pensamentos que se acercam dos deslimites de um corpo na tensão dos fluxos intermitentes que se esvaem, deixando o rastro das intensidades que se apossam dos corpos e das escritas... |