Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Morais, Matheus Rovere de [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
eng |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/182288
|
Resumo: |
O ácaro-da-ferrugem-dos-citros Phyllocoptruta oleivora é uma das principais pragas dos citros no Brasil. Os problemas atribuídos a P. oleivora têm se intensificado e suspeita-se que os danos estejam relacionados a uma nova espécie de eriofiídeo descrita recentemente, o ácaro-marrom-dos-citros Tegolophus brunneus. No entanto, não há estudos com essa espécie e informações sobre sua distribuição, características bioecológicas, danos, suscetibilidade a acaricidas e inimigos naturais associados são ausentes. O objetivo principal do projeto foi estudar a distribuição de T. brunneus na principal região citrícola brasileira e sobre as principais espécies e variedades cítricas. Além disso, estudou-se a biologia de T. brunneus em laboratório, determinou-se a suscetibilidade desse ácaro aos principais acaricidas, caracterizando seus danos em plantas cítricas, bem como o potencial de predação das principais espécies de predadores associadas ao ácaro e seu potencial para o uso no controle biológico. As coletas realizadas em vários municípios do estado São Paulo e Triângulo Mineiro demonstraram que T. brunneus infestou apenas lima ácida ‘Tahiti’, enquanto P. oleivora infestou todas as outras espécies e variedades cítricas. O ácaro completa o desenvolvimento em 7 dias, com período de incubação de 3 dias, duração de larva de 2,1 dias e de ninfa 2,8 dias e as fêmeas apresentam fecundidade de 8,5 ovos a 25°C. Os danos da espécie caracterizam-se pelo prateamento dos frutos e formação de manchas escuras na casca, a semelhança dos causados por P. oleivora. Tegolophus brunneus foi 13 vezes mais tolerante a abamectina que P. oleivora, enquanto a toxicidade de ambas as espécie foi a mesma a enxofre. Os predadores coletados nas áreas de produção foram Iphiseiodes zuluagai, Euseius concordis e Proprioseiopsis neotropicus. Os predadores E. concordis, Euseius citrifolius e Amblyseius acalyphus apresentaram resposta funcional tipo II predando sobre P. oleivora e T. brunneus, enquanto I. zuluagai apresentou resposta do tipo III. Amblyseius acalyphus predou em média 150 ácaros adultos de ambas as presas, enquanto I. zuluagai and E. concordis predaram em média 100 e 87 ácaros adultos de P. oleivora e 115 e 72 ácaros adultos de T. brunneus, respecticamente. Euseius citrifolius apresentou uma predação menor de aproximadamente 20 ácaros adultos de ambas as espécies. Os resultados obtidos na pesquisa permitem classificar T. brunneus como uma espécie de grande importância para lima ácida Tahiti devido aos danos ocasionados e ao rápido desenvolvimento da espécie evidenciado pelo estudo do desenvolvimento biológico do ácaro. Ainda, deve-se ter atenção ao manejo químico da espécie utilizando abamectina, pelos maiores níveis de tolerância dessa espécie em relação a P. oleivora. Os ácaros predadores mais comumente encontrados em áreas de produção apresentaram elevado consumo de T. brunneus e P. oleivora, com destaque para A. acalyphus que apresentou a maior predação, sendo necessários maiores estudos para o uso dessa espécie nos pomares cítricos. |