Aceleração digital e exclusão social: impactos nas práticas de consumo em supermercados
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://hdl.handle.net/11449/257615 https://lattes.cnpq.br/2774218227261780 https://orcid.org/0000-0002-3440-3153 |
Resumo: | Esta pesquisa se propôs a estudar os impactos e mudanças sociais provocadas pela recente aceleração dos processos de digitalização, considerando seus efeitos sobre as práticas sociais dos indivíduos em suas relações de consumo. Nossa proposta foi entender em que medida os indivíduos se sentiam deslocados em suas interações cotidianas, enfocando, especificamente, em situações de consumo presenciais em redes de supermercados, assim como verificar se os indivíduos estariam conseguindo acompanhar e assimilar esta aceleração dos processos de digitalização. Para o estudo do tema proposto, utilizaram-se métodos mistos que incluíram dados quantitativos a partir da pesquisa da CETIC e uma abordagem qualitativa que coletou dados empíricos com observações diretas e entrevistas que nos levaram aos resultados apresentados e que contribuíram para a compreensão do fenômeno. Ainda que se trate de tema praticamente em curso, cujos efeitos podem não estar consolidados, sendo passíveis de mudanças. Quando os estudos iniciaram, buscou-se encontrar respostas para os impactos que as novas tecnologias teriam sobre os indivíduos, partindo do pressuposto que a mediação das relações humanas por máquinas fosse o fator preponderante entre as imbricações trazidas pelas Novas Tecnologias da Informação e Comunicação (NTICs). Entretanto, descobrimos que as relações de poder, instrumentalizadas pelas tecnologias, se mostraram agentes fundamentais para o controle e vigilância de consumidores e funcionários, sendo cada vez mais necessário incluir novos recursos tecnológicos para garantir o controle sobre os processos e as pessoas. Identificou-se muito mais forte no objeto estudado as preocupações com monitoramento e vigilância do que as interferências das mediações entre humanos e máquinas, ou seja, entre trabalho vivo e trabalho morto. Esta vigilância está presente em vários momentos que circundam as relações de consumo nos supermercados. Verificou-se também as diversas barreiras, dificuldades e resistências no uso de algumas NTICs, como self-checkout e carrinho inteligente (Smart Cart), que interferem nas relações de consumo em supermercados. Desta forma, esta pesquisa contribui para a elaboração de propostas que compreendam amplamente este fenômeno à medida em que fornece novos elementos e pistas para a construção do conhecimento deste campo, ainda pouco estudado pelas Ciências Sociais. |