Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Colonia García, Adriana Milena |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
spa |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/193580
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Resumo: |
O carcinoma espinocelular de língua (OTSCC) é a neoplasia maligna mais comum encontrada na cavidade oral. As características biológicas das células tumorais não foram incluídas no sistema de classificação Tumor, Nódulo, Metástase (TNM), a mais usada atualmente para determinar o prognóstico. O conhecimento da expressão de biomarcadores, características clínicas e histopatológicas auxiliaria na identificação dos grupos de risco, permitindo a personalização do tratamento, melhorando as chances de sobrevivência. Objetivo. Explorar a relação entre a expressão de biomarcadores (Ki-67, E-cadherin, MMP-9 e α-SMA), as características sociodemográficas, clínicas e histopatológicas com a sobrevida de pacientes com OTSCC. Materiais e métodos. Foram incluídos pacientes com OTSCC do Instituto de Cancerologia Clínica Las Américas, na cidade de Medellín, de 2008 a 2017. As características demográficas, clínicas e patológicas foram obtidas das fichas clínicas e registradas, e as amostras foram submetidas a reações imuno-histoquímicas com os anticorpos S100, Ki-67, E-cadherin, α-SMA e MMP-9. A influência dessas características na sobrevida específica da doença (DSS) foi analisada pelo método de Kaplan-Meier e pelo modelo de riscos proporcionais de Cox. Resultados. Oitenta pacientes foram elegíveis para o estudo, dos quais 55% eram do sexo masculino. A idade média dos pacientes foi de 63,1 ± 16 anos. 63,5% dos OTSCC foram bem diferenciados e 58,8% foram diagnosticados em estádios avançados. Invasão linfovascular (LVI α-SMA+) e perineural (PNI S100+) foram detectados em 60% e 75% dos OTSCC, respectivamente. A presença simultânea de LVI e PNI esteve associada ao estádio clínico avançado, linfonodos positivos e ao prognóstico desfavorável do OTSCC (p<0,05). O seguimento médio foi de 26,4 ± 25 meses, o tempo médio de sobrevida do diagnóstico foi de 62,2 ± 7,8 meses (IC 95%; 46,9; 77,5) e a porcentagem de DSS em 5 anos foi de 41%. Na análise univariada, o DSS em 5 anos foi influenciado por estar sem companheiro (HR = 0,62; p=0,030), estádio avançado (HR = 5,37; p<0,001), recebeu glossectomia total (HR = 7,06; p=0,011), localização na língua móvel (HR = 0,44; p=0,019), tumor ≥3 cm (HR = 3,42; p=0,001), margens cirúrgicas comprometidas (HR = 2,04; p=0,041), metástase linfonodal (HR = 3,07; p=0,002) e tumor pouco diferenciado (HR = 3,67; p=0,019). O DSS não foi influenciado pela expressão de nenhum dos anticorpos avaliados. A análise multivariada mostrou que estádio clínico avançado (HR = 5,29; p<0,001), localização na língua móvel (HR = 0,34; p=0,004) e tumor pouco diferenciado (HR = 3,8; p=0,020) são preditores independentes para DSS. Conclusão. Não foi possível estabelecer a correlação prognóstica entre Ki-67, E-cadherin, MMP-9 e α-SMA e a sobrevida dos pacientes com OTSCC. A localização do carcinoma espinocelular na base da língua, tumor superior a 3 cm e pouco diferenciado, foram fatores independentes que correlacionaram-se com a sobrevida. A presença de LVI e PNI, identificada com precisão por imuno-histoquímica, deve ser avaliada no futuro para estabelecer sua utilidade clínica. |