Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Pronunciate, Micheli |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/181862
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Resumo: |
In vivo, a maturação oocitária é gonadotrofina-dependente (FSH e LH) e, até haver o devido estímulo, o oócito é mantido em parada meiótica (prófase I) devido à manutenção dos níveis intraoocitários de cAMP. O FSH é o responsável pelo crescimento inicial do folículo antral enquanto o LH promove a maturação final oocitária (no estágio pós-desvio), sinalizando a produção de peptídeos EGF-like (fator de crescimento semelhante ao epidermal) nas células da granulosa. Estes se ligam ao seu receptor (EGFR) nas células do cumulus ativando a via da proteína cinase ativadora de mitógeno (MAPK), causando o fechamento das junções comunicantes do tipo GAP e culminando na retomada meiótica. Os peptídeos AREG (Ampirregulina)e EREG (Epirregulina) são utilizados na maturação in vitro em diferentes espécies e em substituição ou associação com o FSH. Alguns estudos demonstram que, quando maturados com esses peptídeos, os oócitos desenvolvem embriões de melhor qualidade, com maior número de células da massa celular interna e mais parecidos com aqueles maturados in vivo. No entanto, o oócito retirado do microambiente folicular retoma a meiose espontaneamente, de forma precoce e não sincronizada entre o núcleo e o citoplasma. Para melhorar os resultados da maturação in vitro, é importante retardar a retomada espontânea meiótica. A literatura descreve a eficácia do precursor do peptídeo natriurético tipo C (NPPC) em manter in vitro a concentração de cAMP oocitária similar à fisiológica. Diante disso, neste estudo foi observado o efeito do AREG sobre a abundância de transcritos alvo de oócitos e células do cumulus, além do seu efeito em adição às gonadotrofinas (LH ou FSH) quanto à progressão meiótica e a produção de embriões, quando precedida pela pré-MIV com NPPC. Nossos resultados corroboram que o AREG é eficiente tanto quanto o FSH na maturação de complexos cumulus-oócito e não altera as taxas de quebra da vesícula germinativa (GVBD) ou oócitos que chegaram a meiose II (MII). No entanto, o perfil dos transcritos alvo estudado apresentou diferença entre ambos, indicando distintas ações celulares do AREG e do FSH. Demonstramos ainda que o LH, sozinho, é ineficiente na maturação e produziu uma alta taxa de GV mesmo após 24 horas. No entanto, quando a maturação foi precedida por pré-MIV utilizando NPPC, a taxa de blastocisto e a abundância dos transcritos alvo, o LH não diferiu dos demais grupos. Em suma, como já descrito na literatura, o AREG foi eficaz para a MIV e não estimulou a expressão de receptores de LH nas células do cumulus. Adicionalmente, o uso do NPPC na pré-MIV foi capaz de retardar a retomada da meiose, por tempo suficiente para que o oócito adquirisse competência para suportar o desenvolvimento embrionário inicial. |