Obtenção e purificação de hidrolisado de xilo-oligossacarídeos obtidos por pré-tratamento hidrotérmico de um subproduto de Eucalyptus utilizando a técnica de extração líquido-líquido

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Otaviano, Cecília Aline [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/216118
Resumo: O processamento da indústria de celulose de cavacos de madeira Eucalyptus gera um subproduto (“serragem”). O subproduto de Eucalyptus (SE) representa fonte de matéria-prima pouco explorada, seu uso resume-se à cogeração de energia. O SE contém mais de 60% de celulose e hemicelulose e baixa eficiência energética, sendo uma alternativa para a produção de produtos com alto valor agregado. Dentre muitas aplicações, a hemicelulose pode ser utilizada para produção de xilo-oligossacarídeos (XOS) para fins terapêuticos e prebióticos. O pré-tratamento hidrotérmico (PTH) vem sendo aplicado a subprodutos de Eucalyptus visando à produção de um hidrolisado hemicelulósico (HH) rico em XOS. Todavia, o HH oriundo de PTH também contém compostos indesejáveis que devem ser removidos a fim de se formular um produto contendo mistura de XOS com potencial para aplicação como prebiótico. Objetivo: Avaliar metodologias de refino de HH rico em XOS obtido por PTH sobre SE. Métodos: A parte experimental envolveu à produção de um HH rico em XOS a partir de PTH previamente otimizado de SE. O HH rico em XOS foi submetido a processos de evaporação sob vácuo e extração líquido-líquido (ELL) com acetato de etila. Resultados: Ambas as técnicas de refino utilizadas apresentaram potencial na remoção dos componentes não desejados (principalmente aromáticos, incluindo hidroximetilfurfural (HMF) e furfural). A evaporação sob vácuo resultou em diminuição dos aromáticos (56%), ácido acético (66%) e ácido fórmico (68%) em resposta à perda de 23,8% de XOS. A ELL com acetato de etila se mostrou eficaz em todas as condições avaliadas resultando em 64-83% de remoção de aromáticos em resposta a 22-31% de perda de XOS. Por fim, a evaporação sob vácuo combinada com ELL potencializou a remoção dos aromáticos (69,6%), furfural (95,4%), no entanto, potencializou à perda de XOS (37%). Conclusão: A evaporação à vácuo é um processo capaz de remover consideravelmente compostos aromáticos e ácido acético que podem ser considerados inibidores de crescimento celular de diversos microrganismos. A ELL com acetato de etila se mostrou bastante eficaz na remoção de aromáticos, além de quinonas e seus derivados em resposta a perda inferior de 30% de XOS. Ambas técnicas ELL e evaporação sob vácuo, bem como a combinação destas, foram eficientes na purificação do HH rico em XOS, apresentando potencial para o aprimoramento de futuras etapas de um processo industrial.