Expansão urbana e mudanças no uso e ocupação da terra: o caso da cidade de Birigui/SP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Silva, Alessandra Fagundes da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/193458
Resumo: A urbanização tem sido um importante fenômeno social e econômico, refletindo em mudanças na paisagem e nos padrões de uso e ocupação da terra. Essa é considerada um sistema cultural da sociedade industrial, que se desenvolveu a partir do século XVIII. Com esse processo, observou-se o desenvolvimento das cidades e o rápido adensamento de sua população. O aumento do tamanho dos centros urbanos têm causado alterações na dinâmica dos fenômenos ambientais, recolocando em destaque as contradições da relação sociedade-natureza. A Geografia ressurge com o papel de fazer frente a esta problemática, através das discussões sobre os problemas ambientais de forma integrada. Dentro deste contexto, esta pesquisa objetivou analisar as mudanças no uso e ocupação da terra causada pelo processo de expansão urbana em Birigui/SP. Para se atingir o objetivo proposto, utilizou-se a metodologia de Moura (2014), que se baseia na aplicação de técnicas de geoprocessamento em análises espaciais urbanas. O processo de expansão urbana no município foi causado por três fatores: pelo processo de industrialização endógeno, pelo processo de desconcentração industrial da cidade de São Paulo, que se iniciou na década de 1980 e pela nova fase da urbanização brasileira, concentrada em cidades pequenas e médias, que ganhou força na década de 1990. Em 2019, a população total do município era de 123.638 habitantes. Destes, 97,68% residiam em sua área urbana, que possui terrenos com declives favoráveis à ocupação urbana (51,5% da área possui declives entre 2 e 8%). Porém, observou-se vários conflitos de uso nas áreas que deveriam ser preservadas. Os mapeamentos de uso e ocupação da terra mostram que a área, que possuía 9,95% de ocupação urbana em 1962, apresentou ocupação urbana de 44,6% em 2010, e 50,8% em 2019. Além disso, pode-se observar em 2019 a existência de novos loteamentos nas áreas limítrofes da cidade, com a ocupação de áreas que eram destinadas ao uso agrícola nos cenários de 1962 e 2010. Dessa forma, considera-se que a cidade de Birigui continua com seu processo de expansão populacional e urbana, mas que esta deve ser acompanhada de uma maior preocupação com os problemas ambientais resultantes.