Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Santos, Fabiano Aparecido dos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/154823
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Resumo: |
O cultivo do amendoim está sujeito a vários estresses por fatores seja de natureza biótica ou abiótica. Entre os fatores bióticos que afetam o desenvolvimento das plantas, destacam-se a ocorrência de pragas e doenças que limitam a produtividade da cultura. O ácaro Tetranychus ogmophallos é uma praga emergente que vêm causando prejuízos aos produtores de amendoim nas safras de 2008/09 até 2017/18. Até a realização desta pesquisa pouco se sabia sobre o potencial e capacidade de dispersão desta espécie de ácaro. Compreender os mecanismos de dispersão de um organismo praga é fundamental para estabelecimento de estratégias de controle. Portanto, o objetivo principal dos trabalhos foi estudar os mecanismos de dispersão de T. ogmophallos na cultura do amendoim. Os experimentos foram conduzidos no Laboratório de Acarologia do Departamento de Fitossanidade da Universidade Estadual Paulista - Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias de Jaboticabal (UNESP/FCAV). Para avaliar a dispersão de T. ogmophallos pelo vento foram realizados dois experimentos com níveis de infestação diferentes, 500 e 1.000 indivíduos por planta. A dispersão foi avaliada submetendo-se os ácaros a velocidades de vento (vv) de 5, 10, 15, 20, 25 e 30 km.h-1. O número de ácaros capturados foi avaliado para cálculo da distância média de deslocamento e a porcentagem de ácaros deslocados. A porcentagem de ácaros deslocados (AD%) foi estimada em função de vv a partir de quatro modelos não lineares. Os resultados indicaram que AD% depende de vv existindo uma velocidade a qual o deslocamento é maximizado. Também concluímos que o modelo de Shepherd (1982) é o que melhor se ajusta aos fatores relacionados a dispersão de T. ogmophallos. Um último experimento foi realizado para avaliar a ação da teia sobre a dispersão de T. ogmophallos. Nesse experimento foram utilizadas plantas jovens com duas folhas cada, cultivadas em vasos de 10 litros. Uma estaca de madeira foi utilizada para conduzir as plantas, amarrando-as com uma fita de plástico. Um pedaço de papel milimetrado foi fixado próximo à extremidade superior da estaca com a finalidade de calibrar o software utilizado para dimensionar a formação de teia (Image J ®). Em cada planta foram transferidas quarenta fêmeas adultas utilizando um pincel de uma única cerda. Assim que os ácaros iniciaram a formação de teias na extremidade da estaca, estas foram fotografadas diariamente com o uso de uma câmera fotográfica Nikon Coolpix P510 até a remoção dos aglomerados de teia (collective silk balls). As imagens foram submetidas ao software Image J® para avaliar o perímetro e o volume dos aglomerados de teia. Os aglomerados de teia foram retirados das estacas e transferidas para placas de Petri. Após a transferência foi quantificado o número de ácaros das camadas internas e externas dos aglomerados. No estudo dos aglomerados de teia concluímos que há a necessidade de um número mínimo de ácaros que caminham sobre a estaca para a formação dos aglomerados. Também concluímos que a formação dos aglomerados fornece risco de mortalidade aos ácaros, entretanto, garante que seja feita uma dispersão em um número relativamente grande de indivíduos. |