Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Silva, Victória Corrêa da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/181108
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Resumo: |
As nanopartículas de prata (AgNP) oriundas da síntese biológica são descritas na atualidade como os novos agentes nanobiotecnológicos com potencial aplicação industrial e ambiental, principalmente devido a reconhecida atividade antimicrobiana. Dentre os diferentes organismos capazes de biossintetizar AgNP, os fungos filamentosos (Ff) se destacam, devido ao rápido crescimento e fácil escalonamento. Neste sentido, o presente estudo objetivou selecionar Ff marinhos, capazes de biossintetizar AgNP, assim como, otimizar o processo de síntese avaliando a influência de da concentração de AgNO3, biomassa, agitação, temperatura e pH. Também foi avaliada capacidade antimicrobiana e potencial efeito tóxico em camarão de água doce Palaemon pandaliformis. Dentre 12 linhagens Ff selecionadas, 10 apresentaram capacidade em biossintetizar AgNP. As AgNP produzidas pelas linhagens Penicillium citrinum IB-CLP11, Penicillium sclerotigenum IB-CLP17, Aspergillus niger IB-CLP20 e Penicillium polonicum IB-CLP22 apresentaram banda de ressonância plasmônica superficial no espectro em comprimento de onda compreendido entre 410-450 nm, tamanho compreendido entre 1-100 nm, carga com valor em módulo até o limite de 30 mV, índice de polidispersão inferior a 0,3. Nos estudos de ação antibacteriana, todas as 4 AgNP apresentaram capacidade em inibir o crescimento de Pseudomonas aeruginosa IPT322, Staphylococcus aureus IPT246 e Klebsiella pneumoniae IPT412 em concentração igual ou superior a 50 μg·mL-1 . Com relação a ação antifúngica, Aspergillus niger IPT295 e Penicillium funiculosum IPT423 foram os mais sensíveis, apresentando as Concentrações inibitórias mínimas entre 20 a 40 µg·mL-1 .Com relação a influência de diferentes parâmetros na biossíntese de AgNP, concentrações de AgNO3 superiores a 1,0 mM desencadearam o aumento de tamanho dos nanomateriais e a AgNP IB-CLP22 apresentou instabilidade em um tempo inferior a 1 mês de armazenamento. Todas as linhagens apresentaram capacidade de biossintetizar os nanomateriais quando o valor de biomassa foi compreendido entre 75,0- 150,0 g·L-1 . Na avaliação da influência da agitação no processo de formação de AgNP, tanto em modo estático como em agitado as 4 linhagens produziram AgNP, contudo, as AgNP biossintetizadas em modo estático apresentaram maior tamanho quando comparadas a processos realizados com agitação de até 150 rpm. Também foi detectado um maior estado de agregação das AgNP produzidas a 200 rpm. Em adição, as AgNP IB-CLP11, IB-CLP17 e IBCLP22 produzidas em 200 rpm precipitaram após 3 meses de armazenamento. Ocorreu formação de todas as AgNP em temperaturas compreendidas entre 25-35 ºC. Contudo, foi observada uma instabilidade dos nanomateriais AgNP IB-CLP11 e IB-CLP22 em temperaturas superiores a 30 ºC. Em pH acima de 5,5 não ocorreu formação de AgNP para nenhuma das linhagens selecionadas. As AgNP produzidas em pH 4,5 apresentaram uma melhor estabilidade. De todas as AgNPs, a IB-CLP 11 apresentou um melhor conjunto de resultados sendo selecionada para os testes in vivo no metabolismo de rotina em Palaemon pandaliformis. Por fim, a exposição da AgNP IB-CLP11 em Palaemon pandaliformis apresentou alterações no metabolismo de rotina do organismo, quando compara ao grupo controle. Contudo, são necessários estudos complementares com AgNP sintéticas para efetivamente termos uma visão clara dos diferentes efeitos gerados no metabolismo de rotina do organismo supracitado. |