Milagres no Brasil (séculos XVI-XVIII)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Semeão, Lucas de Almeida
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/192674
Resumo: A crença em eventos miraculosos foi muito comum entre as gentes do Brasil dos tempos da colônia. Um dos atores centrais dessa prática foram os intercessores, homens que atuavam como uma espécie de “ponte” entre Deus e os fiéis, interpelando o primeiro em nome dos segundos. A prova da expressividade desta crença é a quantidade de vezes em que acontecimentos milagrosos foram citados nos diversos escritos em língua portuguesa, produzidos durante o período colonial, indicando que o evento milagroso era parte corriqueira do cotidiano de diversos colonos. Muitos dos intermediadores de milagres eram santos e santas já conhecidos no mundo cristão, entretanto, a partir do século XVI, mas de maneira mais significativa, no início do XVII, os mártires e varões insignes do processo de colonização passaram a aparecer, nas narrativas, como realizadores de portentos miraculosos. Tal presença cresceu notadamente ao longo do século, todavia, na virada do Seiscentos para o Setecentos, houve uma nova alteração: a diminuição gradual das narrativas milagrosas com menções a mártires e varões insignes e a diversificação dos agentes do milagre. O objetivo desta pesquisa é compreender essas variações, por meio de algumas questões colocadas à documentação da época (séculos XVI, XVII e XVIII): o que a crença nos milagres representou no cotidiano das pessoas, em uma época marcadamente religiosa, como o período colonial do Brasil? O que era entendido como um milagre? Através de quem e por quais meios os saberes acerca do milagre foram difundidos na sociedade colonial? Quem realizava os milagres? Quem os recebia? Havia lugares e momentos privilegiados de ocorrências milagrosas? Quais foram os principais tipos de milagres? E, finalmente, quem intercedia - quando havia intercessores – esses feitos milagrosos?