Taxa de crescimento, curva de dose-resposta e avaliação da metabolização de amicarbazone por biótipos de Cyperus rotundus L.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Dias, Marcio Furriela [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/191919
Resumo: A tiririca (Cyperus rotundus) é uma planta daninha altamente problemática em todo o mundo. No Brasil infesta as mais diversas culturas e pode causar grandes prejuízos aos produtores, principalmente em culturas de crescimento inicial lento, como a cana-de-açúcar. A tiririca pode se propagar via sementes, tubérculos e rizomas, sendo importante a realização do seu controle. O amicarbazone é um herbicida, inibidor do fotossistema II, amplamente utilizado na cultura da cana-de-açúcar, para o controle de mono e dicotiledôneas, porém não há indicação para o controle de tiririca. Portanto o presente trabalho teve como objetivo caracterizar o crescimento de biótipos de C. rotundus, avaliar o desenvolvimento desses biótipos quando submetidos às doses de amicarbazone em pré-emergência e quantificar a presença dos metabólitos desamino-amicarbazone (DA) e N-Methylated des-amino (N-Me DA) sob aplicação em pós-emergência. Foram realizados três experimentos em delineamento inteiramente casualizado com cinco repetições. O primeiro experimento foi conduzido em casa de vegetação, com 9 tratamentos. Cinco tubérculos de cada biótipo foram plantados e as plantas foram avaliadas quanto ao número de plantas, massa fresca e seca da parte aérea, número de tubérculos, massa fresca e massa fresca média de tubérculos aos 90 dias após o plantio (DAP), 30 tubérculos, oriundos desse ensaio foram plantados e avaliados 30 DAP em número de plantas produzidas e brotação dos tubérculos. Para o segundo experimento foram utilizados 9 biótipos e 6 doses do herbicida amicarbazone (0; 262,5; 525; 1050; 2100; 4200 g i.a. ha-1) em pré-emergência. As plantas foram avaliadas quanto a taxa de transporte de elétrons (ETR) aos 14; 21 e 30 dias após a aplicação (DAA), número de plantas, massa fresca e seca produzidas aos 30 DAA. O terceiro experimento, contou com a avaliação dos 9 biótipos sob efeito da dose de 1050 g i.a. ha-1 de amicarbazone aplicado 30 DAP. As seguintes avaliações foram realizadas: ETR as 6, 24, 48, 72, 96, 120, 144, 168, 240, 288, 336, 408, 456, 504 e 576 horas após a aplicação (HAA); número de plantas; massa seca da parte aérea; número de tubérculos produzidos; massa fresca dos tubérculos; análise da concentração de amicarbazone (AMK), DA e N-Me DA nas partes aéreas das plantas coletadas as 168 e 576 HAA. Identificou-se que os biótipos não apresentaram um padrão único de crescimento e há efeito da quebra da dominância apical em todos os biótipos estudados. Houve redução da ETR para todos os biótipos sob efeito das doses do herbicida aplicado em pré-emergência, os biótipos sob efeito das doses AMK também apresentaram o efeito da quebra da dominância apical, no entanto as massas não diminuiram proporcionalmente ao aumento das doses do herbicida. Constatou-se a redução da ETR, os biótipos apresentaram capacidades diferenciais de absorção e metabolização do herbicida, a aplicação do amicarbazone em pós-emergência, apesar de não proporcionar controle da espécie, reduziu a quantidade de massa seca da parte aérea, número e massa fresca dos tubérculos de tiririca.