Estudo do encapsulamento do Lactobacillus rhamnosus e avaliação da resistência ao trato gastrointestinal (TGI) simulado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Miranda, Artemiza da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
TGI
GIT
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/213897
Resumo: A microbiota intestinal é composta por uma variedade de microrganismos que vivem em simbiose com o hospedeiro humano, proporcionando diversos benefícios como interação com sistema imunológico, influência na permeabilidade do epitélio e na produção de substâncias que atuam em processos metabólicos essenciais para o bom funcionamento do organismo. Estilo de vida, dieta e estresse são alguns dos fatores que podem contribuir para que ocorra a alteração da microbiota. A condição na qual se tem alteração da microbiota é denominada disbiose, e quando presente pode desencadear o desenvolvimento de muitas doenças, no entanto, a manutenção de uma microbiota equilibrada pode prevenir e até mesmo tratar diversas patologias, um dos métodos recomendados é a administração de formulações de probióticos. Os probióticos são microrganismos vivos, que quando administrados em quantidades adequadas conferem benefícios à saúde do hospedeiro, porém, algumas cepas não são capazes de tolerar as condições adversas do trato gastrointestinal (TGI), sendo necessário proporcionar uma barreira física externa como proteção. Portanto, o objetivo desse trabalho foi encapsular o probiótico Lactobacillus rhamnosus utilizando a quitosana, um polímero de origem natural, como matriz encapsulante e avaliar a sobrevivência desse microrganismo às condições gastrointestinais simuladas. Desse modo, os probióticos foram encapsulados com quitosana por meio do método de gelatinização iônica, a simulação do TGI foi realizada com os probióticos livres (não encapsulados) e encapsulados. A caracterização das nanopartículas foi realizada por meio da análise de microscopia eletrônica de varredura (MEV), diâmetro hidrodinâmico e do índice de polidisperssão (IPD). Para fins de comparação e análise da influência do processo de encapsulação na caracterização, foram produzidas nanopartículas vazias e nanopartículas com o probiótico. Os resultados mostraram que as nanopartículas com o probiótico apresentaram-se com diâmetro de 475 nm e as nanopartículas vazias obtiveram-se valores de 83,85 nm, em relação ao IPD ambas as amostras se apresentaram polidispersas. A análise de MEV das nanopartículas vazias evidenciou morfologias distintas, os resultados das fotomicrografias das nanopartículas encapsuladas sugerem a presença de agregação. Os resultados de digestibilidade evidenciam que os probióticos na forma livre não sobreviveram, visto que apresentaram contagem abaixo do limite de detecção ao final do processo, os resultados referentes aos probióticos encapsulados sugerem que o procedimento de encapsulação pode ter sido eficaz na proteção, uma vez que foi possível realizar a quantificação dos probióticos, apresentando valores de contagem inicial de 8,84 log UFC/mL e ao final da simulação 4,30 log UFC/mL. Entretanto ainda há necessidade de otimizar o processo de produção de nanopartículas, estabelecendo protocolo de avaliação da eficiência de encapsulação bem como evitar a presença de agregados uma vez que esse pode comprometer a aplicabilidade das nanopartículas com os probióticos.