Efeitos da suplementação com metionina protegida no rúmen em vacas doadoras de oócitos na produção in vitro de embriões e na taxa de prenhez.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Zucoloto, Josiane Caobianco Dias
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/250910
Resumo: A metionina é um aminoácido essencial para o desenvolvimento dos oócitos e embriões, uma vez que é precursora de polipeptídeos e atua na regulação da tradução, metilação do DNA e equilíbrio antioxidante. Alterações na metilação do DNA de oócitos e embriões, hipermetilação ou hipometilação de genes específicos, podem favorecer a produção in vitro de embriões (PIVE). O estudo foi dividido em dois experimentos objetivando avaliar não só qualidade de oócito e embrião como também taxa de prenhez. Com isso, a hipótese é que a suplementação com metionina protegida no rúmen (MPR; Smartamine M® - Adisseo Brasil) em vacas doadoras de oócitos, na dose diária de 15 gramas/doadora/dia, durante os 14 dias que antecedem a aspiração folicular (OPU), aumenta os índices da PIVE e a taxa de prenhez após a transferência de embrião em tempo fixo (TETF). Objetivou-se comparar o efeito da suplementação oral com MPR em vacas doadoras de oócitos no número de CCOs recuperados, taxa de clivagem, taxa de conversão de CCOs em blastocistos no D7 (Experimento 1) e a taxa de prenhez após TETF (Experimento 2). No Experimento 1, vacas da raça Senepol, sem bezerro ao pé, não lactantes, foram divididas equitativamente de acordo com a idade, escore de condição corporal (ECC) e nível de produção de embriões in vitro, baseado em histórico prévio como doadoras de oócitos, em dois grupos: suplementação com MPR na dose diária de 15 gramas/doadora/dia, durante os 14 dias que antecedem a OPU (MPR; n=26) ou não suplementadas com MPR (CON; n=26), compreendendo para tanto um total de seis repetições. Utilizou-se um delineamento crossover, onde o intervalo entre a OPU e o início de um novo tratamento, foi de 30 dias. Após a OPU, a PIVE foi realizada em um sistema convencional onde avaliou-se os parâmetros relacionados a tal produção. No Experimento 2, as doadoras de oócitos foram submetidas aos mesmos tratamentos do Experimento 1, onde foram suplementadas com MPR (MPR; n=19 doadoras) ou não (CON; n=19 doadoras), após a OPU procedeu-se a PIVE e os embriões no D7 (n= 147) provenientes de doadoras não tratadas com MPR (CON; n=62 embriões) ou tratadas com MPR (n=85 embriões) foram transferidos às receptoras de embriões previamente sincronizadas por um protocolo convencional de TETF. Não houve diferença entre o Grupo CON e Grupo MPR para o número de CCOs totais recuperados /doadora (34,6842 + 3,2687 vs. 34,7894 + 3,6197; P = 0,6690); número de CCOs viáveis recuperados/doadora (29,2105 + 3,5930 vs. 29,6315 + 3,5992; P = 0,7514); taxa de CCOs recuperados viáveis (72,2659 + 5,2779 vs. 70,4465 + 6,0910%; P = 0,6908); taxa de clivagem (65,8627 + 5,9443 vs. 68,7473 + 6,8064%; P = 0,5692); taxa de conversão de CCOs em blastocistos viáveis no D7 (23,7181 + 4,4780 vs. 28,3952 + 4,6178%; P = 0,3082) e número de blastocistos produzidos no D7/doadora (9,8636 + 1,6187 vs. 10,0869 + 1,5411; P = 0,6682). A taxa de prenhez não diferiu em receptoras que receberam embriões do Grupo CON comparado ao MPR [46,77% (29/62) vs. 51,76% (44/85); P = 0,5513]. Conclui-se que a suplementação com metionina em doadoras de oócitos não aumenta eficiência na produção in vitro de embriões e a taxa de prenhez após TETF.