Variabilidade espaço-temporal da emissão de CO2 do solo em área de eucalipto no Cerrado do Mato Grosso do Sul

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Pinotti, Carla Regina [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/151452
Resumo: A cultura do eucalipto fornece insumos para a indústria madeireira, siderúrgica e de celulose e papel, tendo um enorme potencial para estocar carbono atmosférico na biomassa aérea e no solo ajudando a mitigar o efeito estufa. Porém, poucos trabalhos têm estudado como as emissões de CO2 do solo (FCO2) em áreas de plantio de eucalipto variam no espaço. Sendo assim objetivou-se caracterizar os padrões de variabilidade espaço temporal da FCO2 em área de floresta plantada de eucalipto no baixo cerrado no estado do Mato Grosso do Sul, por meio de técnicas geoestatísticas. O estudo foi conduzido em área de Eucalipto na Fazenda de Ensino, Pesquisa e Extensão da Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira (UNESP), localizada no município de Selvíria-MS, durante os meses de outubro e novembro de 2015. A FCO2 foi registrada por meio do sistema LI-COR (LI-8100), a temperatura do solo (Ts) foi registrada por meio de termômetro de haste e a umidade do solo (Us) foi determinada por meio de um equipamento de TDR. O experimento foi conduzido em uma malha amostral de 100  100 m contendo 102 pontos amostrais. Os resultados indicaram diferença significativa (p<0,05) entre as médias de FCO2 do mês de outubro (4,21 mol m-2 s-1) e novembro (6,16 mol m-2 s-1), devido maior condição de umidade do solo proporcionado pelas precipitações pluviais mais frequentes durante o mês de novembro. Aproximadamente 73% da variação temporal da FCO2 foi explicada pelo modelo: FCO2= 13,23 ˗ 0,48Ts ˗ 0,039 Us2 + 0,037 Ts×Us (F=5,40; p=0,039). Os modelos ajustados aos variogramas para FCO2 foram predominantes esféricos e gaussianos. Os valores de alcance variaram de 18,01 m (29 outubro) a 35,01 m (18 novembro). Os padrões de variabilidade espaço-temporal de FCO2 ao longo do tempo formaram dois grupos distintos identificados pela análise de agrupamento hierárquica, um para cada mês de avaliação. De maneira geral, foram observados coeficientes de correlação negativo e significativo (p<0,05) entre os padrões espaciais de FCO2 e Us principalmente no mês de novembro, em condições de maiores precipitações. Por outro lado, no mês de outubro, em condição de solo mais seco, foram observados coeficientes de correlação linear positivos e significativos (p<0,05) entre FCO2 e Us. Os resultados indicam que a Us é o fator limitante para FCO2 em áreas de floresta de eucalipto no cerrado do Mato Grosso do Sul.