Efeitos da administração de taurina na função cardiovascular e na neurogênese hipocampal de ratos submetidos ao consumo induzido de etanol

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Rodella, Patricia [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/151134
Resumo: O consumo excessivo de etanol está relacionado a diminuição da neurogênese hipocampal e a diversas patologias cardiovasculares, como a hipertensão. A taurina é um aminoácido não-essencial encontrado principalmente em estruturas cujos tecidos são mais excitáveis, como músculo esquelético, tecido cardíaco, vasos sanguíneos e sistema nervoso central. Níveis normais deste nutriente são essenciais para o correto funcionamento do organismo e sua depleção pode precipitar diversos quadros patológicos. A taurina tem apresentado resultados promissores tanto no sistema cardiovascular quanto no sistema nervoso central. Desta maneira, o objetivo deste trabalho foi estudar os efeitos da taurina na função cardiovascular bem como na neurogênese hipocampal de ratos submetidos ao modelo de consumo forçado de etanol. Dessa forma, ratos Wistar de aproximadamente 250 gramas receberam soluções crescentes de etanol (5% na primeira semana, 10% na segunda semana e 20% na terceira e quarta semana), sem a oferta de água; o grupo controle recebeu apenas água. A taurina foi administrada (i.p., 300 mg/kg) diariamente durante 28 dias e os animais do grupo controle receberam injeção apenas do veículo. O presente trabalho foi dividido em dois experimentos. No primeiro, a taurina foi administrada juntamente com a oferta de etanol. Já o segundo experimento, os animais foram expostos ao etanol e depois, receberam a taurina. Os resultados do Experimento 1 não mostraram alterações significativas na função cardiovascular em resposta ao consumo de etanol ou à administração de taurina. A análise da neurogênese hipocampal mostrou que a taurina promoveu significativa atividade neuroprotetora contra os efeitos deletérios do etanol tanto na proliferação como na sobrevivência celular, neurogênese e apoptose. Estes resultados mostraram também que a taurina não provocou efeito tóxico no sistema cardiovascular. Já os resultados do Experimento 2 não mostraram diferenças estatisticamente significantes na quantidade de etanol consumido, peso corporal, volume hipocampal, neurogênese e apoptose. Na análise da proliferação celular, os animais que receberam água e depois taurina apresentaram diminuição significante no número de células imunorreativas ao Ki-67. Os resultados mostraram que o tratamento com taurina pode ter importantes correlações clínicas positivas na prevenção dos efeitos do etanol no sistema nervoso central.