Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Sturion, Brena Cristina |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11449/252468
|
Resumo: |
Desde meados do século passado é possível perceber que práticas do setor empresarial estão cada vez mais presentes nos sistemas de Educação pública. Com isso, vemos um fomento à competitividade, à concorrência e à comparação entre escolas e professores, dado que tais práticas acarretariam uma melhora da qualidade educacional. Nesse cenário, as Avaliações Externas são elaboradas e implementadas como meio para obter dados a partir de provas padronizadas para toda uma região. Desse modo, esse tipo de Avaliação é aplicado aos estudantes de determinado nível escolar, porém são idealizadas por pessoas externas ao ambiente escolar, assim, avaliado e avaliador não estão no mesmo espaço do sistema de ensino. Nacionalmente, essas Avaliações se consolidaram com o surgimento do Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB). A partir desse marco, os estados brasileiros iniciaram a criação de seus próprios testes padronizados. Em São Paulo, local de realização deste estudo, o início dessas provas se deu com a instauração do Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (SARESP), em 1996, que, historicamente, têm Matemática e Língua Portuguesa como as componentes curriculares mais cobradas. Assim, com esta pesquisa, tivemos o objetivo de investigar quais as compreensões que professores que ensinam Matemática no 7º ou 9º ano do Ensino Fundamental – Anos Finais, na cidade de Rio Claro–SP, possuem acerca das Avaliações Externas. Para isso, adotamos uma abordagem qualitativa de pesquisa, tendo como meio para a composição dos dados a realização de entrevistas semiestruturadas com dez professores que ensinavam Matemática na rede estadual de Rio Claro. Realizamos um processo de organização e refinamento das falas dos docentes, inspirado em quatro etapas de análise de dados: compilar, decompor, recompor e interpretar. Assim, compreendemos que o ponto de vista que eles apresentam se divide em três relações: entre Avaliações Externas e professores, estudantes e escola. Dessa forma, conseguimos compreender que essas Avaliações ferem a autonomia docente em seu planejamento, execução e avaliação e colocam nos ombros dos professores a responsabilidade total pelo processo formativo dos estudantes. Como isso se torna um fardo muito pesado, os docentes transferem parte da culpabilidade imposta a eles para os alunos. Ainda, os professores ressaltam que as Avaliações Externas são propostas por seus idealizadores de maneira que a escola não possui estrutura física e organizacional para suportar sua realização, especialmente no caso da aplicação totalmente digital. Além disso, compreendemos que os docentes reconhecem que as Avaliações são elaboradas para aferir o desempenho dos estudantes e, consequentemente, avaliar o seu trabalho. Por isso, ressaltam o quanto essas provas ignoram o contexto escolar, mesmo se propondo a avaliá-lo. Por fim, os professores conjecturam propostas de que as avaliações internas à escola façam parte dos cálculos dos indicadores provindos das Avaliações. |