Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Lopes, Amália Torrezan [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/138213
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Resumo: |
Os besouros da subfamília Cassidinae s.l. são popularmente conhecidos como “tortoise beetles” devido ao formado peculiar dos élitros que se assemelham ao casco de tartaruga. Esta subfamília inclui mais de 6000 espécies descritas taxonomicamente, das quais menos de 2% foram estudadas sob o ponto de vista citogenético, e evidenciaram número diploide variando entre 2n=16 a 2n=51 e sistemas cromossômicos sexuais dos tipos Xyp, X0, Xy, Xyc, Xyr, neoXY, Xyyp, XpneoXneoYp, entre outros sistemas múltiplos. No entanto, cerca de 85% das espécies apresentaram predominância do cariótipo 2n=16+Xyp, e esta característica cariotípica pode estar relacionada ao baixo número de espécies examinadas, a predominância de análises em espécies pertencentes a um mesmo gênero e/ou tribo, bem como a escassez ou até mesmo a inexistência de estudos que utilizaram marcação de regiões cromossômicas específicas. O objetivo deste trabalho é discutir sobre os mecanismos de evolução cromossômica em espécies de Cassidinae. As análises cromossômicas foram realizadas em 19 espécies de cassidíneos da fauna brasileira, através de coloração convencional, bandeamento C e hibridação in situ fluorescente (FISH) com sondas dos genes ribossomais 28S, 5S, dos clusters teloméricos (TTAGG)n e (TCAGG)n, e do pequeno RNA nuclear (snRNA) U2. O estudo citogenético de 19 espécies de Cassidinae revelou uma grande diversidade em relação ao número diploide - Cassidini: 2n=38+Xyp em Agroiconota inedita, 2n=20+Xyp em Charidotella immaculata, Charidotella sexpunctata e Microctenochira stigmatica, 2n=16+Xyp em Deloyala cruciata, Microctenochira aciculata, Microctenochira optata e Microctenochira quadrata, 2n=18 em Microctenochira gnata; Goniocheniini: 2n=16+Xyp em Chlamydocassis cribripennis; Ischyrosonychini: 2n=16+Xyp em Cistudinella obducta; Mesomphaliini: 2n=34+Xyp em Botanochara tesselata, 2n=20+Xyp/Xyr em Chelymorpha cribraria, 2n=20+Xyp em Chelymorpha inflata, 2n=20 em Cteisella magica, 2n=38+Xyp em Cyrtonota cyanea, 2n=40+Xyp em Paraselenis flava, 2n=22 em Stolas areolata, e 2n=24+Xyp em Stolas redtembacheri. O cariótipo 2n=16+Xyp ocorreu em 26% das espécies analisadas pertencentes as tribos Cassidini, Goniocheniini e Ischyrosonychini. O sistema cromossômico sexual (SCS) Xyp foi o mais frequente, sendo registrado inclusive em espécies da tribo Mesomphaliini, que caracteristicamente possui uma grande diversidade de SCS. Em relação ao padrão de heterocromatina constitutiva, 12 espécies exibiram cromossomos com marcações pericentroméricas, as quais estavam presentes em alguns ou até mesmo todos os elementos do conjunto diploide. Adicionalmente, quatro espécies revelaram blocos heterocromáticos nas regiões intersticial e terminal de alguns cromossomos autossômicos e/ou sexuais. O gene de rDNA 28S exibiu um padrão similar quanto ao número de clusters no cariótipo, uma vez que 10 das 11 espécies examinadas, tanto com cariótipos semelhantes quanto diferentes, exibiram dois sítios ribossomais. Entretanto, houve diferenças quanto a localização dos sítios de rDNA, especialmente em representantes de Cassidini, os quais exibiram a maior homogeneidade cariotípica. Entre as 12 espécies investigadas quanto a presença dos clusters teloméricos (TTAGG)n e (TCAGG)n, apenas nove mostraram marcações positivas para a sequência (TTAGG)n, porém com variações no número de cromossomos portadores do sítio telomérico. Este resultado demonstra que, provavelmente, esta sequência telomérica está sendo repetidamente perdida ao longo da evolução cromossômica desta subfamília. A FISH com sonda de rDNA 5S não revelou sinais de hibridação positivos em todas as espécies investigadas, com exceção de Cha. immaculata, que exibiu um sinal tênue de marcação em núcleos interfásicos. O gene do snRNA U2 foi visualizado apenas em um par autossômico, mas com variação quanto a localização entre as espécies. |