Influência da incorporação de vidros bioativos na remineralização do esmalte dental clareado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Matheus, Diego Moraes de [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/261009
Resumo: Na sociedade contemporânea, observa-se um notável incremento na demanda por técnicas de tratamento estético, impulsionado pela busca incessante por melhorias na aparência e bem-estar. Dentre essas abordagens, o clareamento dental se destaca, sendo amplamente procurado por atender de maneira eficaz às expectativas dos pacientes, que almejam dentes mais brancos e esteticamente agradáveis. Este procedimento, reconhecido por sua segurança e eficácia na neutralização do escurecimento dental, apresenta, no entanto, alguns efeitos adversos, como a redução substancial da microdureza do esmalte, a diminuição dos níveis de cálcio e fósforo, e o consequente aumento da rugosidade da superfície dental. Para mitigar esses efeitos adversos, diversos produtos têm sido utilizados. Recentemente, o vidro bioativo demonstrou eficácia na remineralização das estruturas dentais. Assim, o objetivo deste estudo foi incorporar três composições de vidros bioativos a um agente clareador comercial (Whiteness Simple®, 22% FGM) e avaliar sua capacidade de remineralização em superfícies de esmalte bovino após o clareamento dental. Foram confeccionados 45 espécimes, obtidos de incisivos bovinos recentemente extraídos com proporções de 4x4x2cm, divididos em 5 grupos que constituíram combinações de peróxido de carbamida na concentração de 22% com: G1: vidro bioativo BGg_2a (Grupo 1), G2: peróxido de hidrogênio (Grupo 2), G3: aplicação de flúor, por 1 minutos após o clareamento (Grupo 3), G4: vidro bioativo BG_45S5 (Grupo 4) e G5: vidro bioativo BGg_2B. Para avaliar o efeito dos vidros bioativos incorporados ao agente clareador, procedeu-se à análise da superfície do esmalte antes e após o clareamento dental, utilizando-se o método de dureza Knoop como parâmetro de avaliação com carga de 100gf durante cinco segundos, fluorescência induzida a laser (LIF) por meio do spectrofluorímetro RF-5301PC e morfologia do esmalte por meio de microscopia eletrônica de varredura (MEV). A avaliação estatística do efeito do clareamento dental sobre a dureza e fluorescência na superfície do esmalte dental bovino foi realizada por análise de variância de medidas repetidas. Adotou-se o nível de significância de 5% na tomada de decisão. Os resultados obtidos foram que o clareamento modificou a superfície do esmalte dental. O vidro bioativo BG_45S5 quando incorporado ao agente clareador (grupo 4) foi eficaz na redução da perda de dureza do esmalte, não sendo estatisticamente significante, mais não foi capaz de evitar alterações e nos valores de LIF. As outras duas formas de vidros bioativos experimentais testados não foram capazes de evitar os efeitos da diminuição da dureza do esmalte dental bovino e diminuição nos valor de LIF. Na microscopia eletrônica de varredura não foi observado nenhuma alteração na superfície do esmalte dental, independente dos tratamentos realizados. O vidro bioativo 45S5 mostrou ser um material promissor para evitar ou minimizar os danos sobre a superfície do esmalte durante a terapia de clareamento.