Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Durlacher, Rui Rafael [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/153533
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Resumo: |
Introdução: a paracoccidioidomicose (PCM) é uma micose sistêmica endêmica cuja incidência vem aumentando de forma significativa na região norte do Brasil. Duas espécies, Paracoccidioides brasiliensis e Paracoccidioides lutzii podem causar a doença. A última aparenta ter maior importância em Rondônia, estado com as maiores taxas de incidência e mortalidade por PCM do Brasil. Objetivo: descrever as características clínicas, epidemiológicas e laboratoriais de pacientes portadores de PCM e estabelecer correlação com lesões orais. Material e Métodos: estudo retrospectivo de pacientes atendidos no Centro de Referência em Medicina Tropical de Rondônia durante o período de janeiro de 2013 a dezembro de 2016. Resultados: foram diagnosticados 107 pacientes com média de idade de 53,8 anos, sendo 100 homens e 07 mulheres. Observou-se que 77% mantinham contato ou relataram experiência anterior com lavoura. A maioria (98,1%) apresentou a forma crônica da doença. O diagnóstico foi confirmado em 74,7%, e baseado em achados clínicos e/ou epidemiológicos no restante. O diagnóstico sorológico não esteve disponível no período. O tempo médio entre o início dos sintomas e a realização do diagnóstico foi de 7,3 meses. Os principais locais acometidos foram os pulmões (95,3%), seguidos da cavidade oral (55,1%) e dos gânglios (28%). Na cavidade oral, a faringe/laringe predominou (33%), seguida da mucosa jugal (17,8%) e palato mole (13,1%). Houve 58,3% de associação com tabagismo. O medicamento mais utilizado para o tratamento foi o Itraconazol, fornecido pelo governo. Conclusão: não houve diferença entre os grupos com ou sem comprometimento da cavidade oral. A presença de lesões orais em mais da metade dos casos, com diagnóstico mais acessível, sugere que se pode diminuir o tempo entre o início dos sintomas e o início do tratamento, e contribuir para uma menor proporção de sequelas. Sugere-se ainda que o P. lutzii pode manifestar doença com características clínicas, epidemiológicas e laboratoriais semelhantes ao P. brasiliensis, exceto pela menor proporção de formas agudas de PCM. Mas novos estudos são necessários. |