Eficiência energética e geração fotovoltaica distribuída no extremo norte brasileiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Nascimento Neto, Manoel
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/182234
Resumo: A eficiência energética nos diversos setores consumidores do extremo norte brasileiro e a opção adjacente voltada à produção de energia fotovoltaica e a sua injeção na rede local têm consequências positivas, tanto pela mitigação relacionada às emissões de gases de efeito estufa (GEE), quanto pelo consumo e uso de energia. A necessidade de energia residencial, comercial, industrial e poder público em Roraima consiste principalmente de requisitos de energia elétrica para iluminação, ar-condicionado, geladeira e freezer, juntamente com a energia dedicada aos eletrodomésticos, diferentes estratégias que visam estimular o uso eficiente de energia precisam ser reforçadas em todos os níveis da atividade humana local. A radiação solar é uma das principais fontes de energia limpa e renovável do Estado, com o potencial de fornecer energia limpa e abundante a longo prazo para a crescente população roraimense. Este trabalho tem como objetivo compreender o consumo médio em edifícios residencial, comercial e poder público dos Estados de Roraima e São Paulo, tendo como objetos de estudo: um campus do IFRR, um campus da UNESP, três residências localizadas na capital Boa Vista, uma residência situada em Guaratinguetá e uma fonte de energia fotovoltaica distribuída com potência instalada de 66 kWp (quilowatt-pico). Esta pesquisa seguiu as seguintes etapas: em primeiro lugar foi realizado uma ampla pesquisa bibliográfica na base de dados da Web of Science, Scopus, Google Acadêmico e outras bases sobre o tema eficiência energética e geração fotovoltaica distribuída. Na segunda etapa da pesquisa realizou-se o levantamento histórico dos últimos 48 meses de consumo via faturas de energia. Na terceira etapa usou-se um analisador de média tensão para medir os parâmetros da energia adquirida no ponto de fornecimento, durante um período de 144 horas. Na quarta etapa foi realizado um levantamento da potência de iluminação interna e externa do campus. No quinto passo foi feito o levantamento da potência de refrigeração dos edifícios da organização. Na sexta etapa levantou-se o desempenho térmico da envoltória dos edifícios da unidade. Na sétima etapa da pesquisa foi realizado o levantamento das possibilidades de melhorias para o uso de energia no campus para os sistemas de iluminação e condicionamento de ar dos edifícios da unidade, conforme o RTQ-C do INMETRO. E na oitava e última etapa foram realizados estudos de viabilidade técnica e econômica da subestação de energia solar fotovoltaica instalada na unidade. Os resultados da pesquisa revelaram que no item desempenho térmico a envoltória dos edifícios do campus Boa Vista não atende as diretrizes construtivas para a Zona Bioclimática 8 (ZB 8) prescritas na NBR 15220-3/2005, além disso, a envoltória e os sistemas de iluminação interna e de condicionamento de ar dos edifícios do campus não atendem aos pré-requisitos do RTQ-C, e mais, em 2018, Roraima é a unidade federativa brasileira com o maior consumo médio residencial do país, apresentando consumo médio residencial de 315 kWh/mês, entretanto, a radiação global diária média mensal local atinge 17,83 MJ/m2dia (megajoule por metro quadrado dia). Dos resultados conclui-se que a solução para mitigar a escassez de energia elétrica no Estado de Roraima, principalmente na capital Boa Vista é a implantação de eficiência energética conjugada com a implantação da geração fotovoltaica distribuída. A eficiência energética é a forma mais rápida e que tem menor custo para aumentar a oferta de energia em qualquer lugar do mundo, e em Roraima causaria impactos imediatos.