Diversidade funcional em comunidades de girinos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Jordani, Mainara Xavier [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/150711
Resumo: Ecólogos estão cada vez mais interessados em entender o papel da variação das características fenotípicas na formação das comunidades e coexistência de espécies. A abordagem funcional permite uma melhor compreensão da distribuição da biodiversidade ao longo de diferentes tipos de habitat e gradientes ambientais. Os objetivos deste estudo foram: i) investigar o efeito do tipo de habitat (lêntico vs lótico) e de diferentes gradientes ambientais (cobertura de dossel, profundidade, área, quantidade de vegetação e volume) na diversidade funcional intraespecífica em comunidades de girinos na Mata Atlântica; e ii) quantificar a variação intra e interespecífica dos atributos fenotípicos em girinos de poças na Amazônia e na Mata Atlântica, e a influência da variabilidade fenotípica na formação de comunidades de girinos. Detectamos que a posição do espaço funcional diferiu nas comunidades de habitats lênticos e lóticos. Em habitats lênticos é possível encontrar girinos com diferentes atributos morfológicos, enquanto os girinos de habitats lóticos apresentaram morfologia especializada, como corpo deprimido, focinho curto, olhos pequenos, musculatura caudal espessa e nadadeiras dorsal e ventral baixas. Além disso, tanto nos habitats lênticos como nos lóticos, os girinos apresentaram diferentes atributos funcionais ao longo do gradiente de cobertura de dossel, indicando sua ação como filtro ambiental. Detectamos ainda que existe variação intraespecífica em girinos da Amazônia e da Mata Atlântica. A variabilidade intraespecífica foi relacionada com a altura da nadadeira dorsal e compressão da cauda, indicando diferenças na habilidade de natação entre as espécies. Detectamos também um forte efeito de filtros externos na montagem de comunidades de girinos em relação à largura da musculatura caudal nos indivíduos, e também ação de filtros internos em todos os atributos, exceto os que variaram entre os indivíduos. Nossos resultados fornecem novas perspectivas para a compreensão da variação de atributos funcionais ao longo de diferentes ecossistemas aquáticos e gradientes ambientais.