Desvendando práticas familiares e escolares a partir das relações de gênero: uma reflexão sobre a educação de meninos e meninas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Souza, Fabiana Cristina de [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/101604
Resumo: Este trabalho teve como objetivo principal verificar que concepções de gênero são manifestadas no ambiente familiar e escolar e que significados contemplam na socialização das crianças. Destaca-se, nesta discussão, que o gênero é uma construção social que conduz os processos que diferenciam homens e mulheres, envolvidos por relações de poder. Com base nessa perspectiva, buscou-se identificar e problematizar, nos processos educativos familiares e escolares, os discursos, as práticas que direcionam a construção de representações masculinas e femininas. Para isso, foi desenvolvida uma pesquisa de natureza analítico-descritiva e de abordagem qualitativa nas escolas do Município de Monte Alto, além de entrevistas com professoras das séries iniciais do Ensino Fundamental e com uma turma de alunos/as da 3ª série, e um questionário com os/as pais/mães dessas crianças. Os resultados apontam que, no ambiente familiar, várias percepções de gênero são produzidas, reproduzidas e/ou transformadas. Neste espaço, as crianças são socializadas e aprendem os valores, as idéias, as práticas do que é ser homem ou mulher. Este estudo demonstrou também as representações de masculinidade e feminilidade manifestadas pelas crianças e mostrou como o gênero interfere no processo de aprenderem a ser meninos e meninas. A pesquisa destacou, ainda, que o gênero está presente no ambiente escolar e examinou o fato de um número maior de meninos do que de meninas apresentarem um baixo desempenho escolar. Para isso, foi preciso ler nas entrelinhas dos discursos das professoras, como as dimensões de gênero perpassam a trajetória escolar de meninos e meninas e promovem desigualdades. Ressaltou-se, assim, a necessidade de compreender a multiplicidade de masculinidades e feminilidades que influenciam no resultado acadêmico das crianças.