Teorias do agrupamento sonoro: propriedades e condições de existência de elementos sonoros temporalmente discrimináveis e o essencialismo na construção de conceitos da teoria musical

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Barros, Caio Giovaneti de [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/95160
Resumo: Essa dissertação tem como objeto de estudo o conceito de agrupamento sonoro, que é investigado de maneira geral e abstrata, i. e., toda discussão é circunscrita à lógica interna do próprio discurso teórico em oposição a estudos experimentais. A partir do questionamento da conceptualização, dominante no campo da teoria, de que o agrupamento sonoro é a essência da percepção musical, realiza-se um estudo detalhado de quatro de suas propriedades (discrição, contenção, recursividade e processualidade) e de sua relação com outros três tipos de processos (tematismo, simultaneidade e métrica) para demonstrar e sustentar a hipótese de que os agrupamentos sonoros estão sujeitos a duas condições de existência: serem constituídos por elementos discrimináveis e estarem contidos em uma camada autônoma na simultaneidade. Por serem condições que podem estar presentes ou ausentes é possível conceptualizar obras sem estruturas de agrupamentos, o que por sua vez demonstra que os agrupamentos sonoros não são nem mais nem menos fundamentais do que qualquer outro processo musical. Por isso, argumenta-se que a necessidade de relacionar os parâmetros de delimitação de sons às leis da cognição, psicologia e linguística representam uma tentativa da teoria musical em expressar uma verdade neutra e absoluta, ou seja, de transformar um conceito que foi criado por uma teoria que responde apenas a um repertório musical específico em uma representação da essência universal da escuta.