Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Kobashigawa, Karina Kamachi [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/152785
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Resumo: |
Visando ao estudo de técnicas para a expansão “ex-vivo” de células destinadas à reconstrução de superfícies oculares com deficiência de células tronco limbais (LSCD), explantes superficiais obtidos do limbo de coelhos foram cultivados sobre membrana amniótica (MA) humana. Dois grupos, diferindo quanto à configuração do sistema de cultivo celular, foram concebidos: G-mono, contendo células epiteliais expandidas sobre a face de uma camada de MA (sistema de cultivo bidimensional), e G-Sand, composto por células “ensanduichadas” entre duas MAs (sistema de cultivo tridimensional). Seis culturas celulares de cada grupo foram avaliadas por imuno-histoquímica quanto à presença de células progenitoras ou indiferenciadas e a de células em proliferação (avaliação pré-transplante), enquanto 21 foram transplantadas para olhos de coelhos com LSCD (n=10). Os olhos receptores de células cultivadas foram clinicamente avaliados, por até 63 dias. A terapia limbal adotada na pesquisa foi autógena. Após avaliações clínicas, os coelhos foram aleatoriamente distribuídos em parcelas e submetidos à eutanásia, para colheita de córneas (dias 14 e 63 após o transplante) que foram avaliadas quanto à morfometria tecidual e à expressão quali-quantitativa de imunomarcadores de indiferenciação celular (fator de transcrição nuclear delta p63), de proliferação celular (antígeno nuclear da proliferação celular, PCNA) e de apoptose (teste de TUNEL). Diferenças com P < 0.05 foram consideradas significativas. As culturas do G-Sand apresentaram menos células imunopositivas para delta p63 e mais células positivas para PCNA, do que as culturas do G-mono. Relativamente ao tratamento da LSCD, os resultados mostraram que o protocolo adotado em G-Sand induziu neovascularização corneal menos acentuada e houve redução importante das áreas corneais ulceradas. Não se encontraram diferenças em relação à opacidade corneal entre os grupos (P > 0,05). As córneas do G-mono apresentaram menos células progenitoras do que as do G-Sand. A proliferação celular não diferiu entre as córneas do G-Sand e as do G-mono. Células apoptóticas não foram detectadas pelo teste de TUNEL. Os resultados do presente estudo sugerem que modificações na configuração do sistema de cultivo, de bi- para tridimensional, empregando-se MA como subtstrato, elevaram a proliferação celular, mas ensejaram perda de células progenitoras intensamente imunomarcadas para delta p63. Ademais, que elas não são decisivas para o desfecho terapêutico, pois os achados clínicos do G-Sand foram equiparáveis aos do G-mono. Única vantagem do G-Sand é que ele foi associado com maior quantidade de células progenitoras na córnea, o que pode influenciar a viabilidade ou a sobrevida dos transplantes, a longo prazo. |