Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Almeida, Hederson Aparecido de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/192591
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Resumo: |
As analogias são recursos que auxiliam o ensino de conceitos científicos, pois facilitam a transferência de significados de um conceito conhecido para um conceito desconhecido. No entanto, diversos obstáculos para a aprendizagem surgem quando são pronunciadas espontaneamente pelos professores. Assim, o planejamento para o seu uso é essencial, sendo estimulado quando os professores refletem sobre a sua prática em contextos formativos colaborativos. A temática da pesquisa envolveu a formação continuada de professores como práticos-reflexivos e a formação colaborativa. Buscou-se compreender e discutir os desafios e as possibilidades de inserção das analogias no planejamento de ensino de professores de Ciências e Biologia, quando eles refletem e planejam usá-las em um contexto de formação continuada. A abordagem da pesquisa foi qualitativa e as participantes três professoras das disciplinas supracitadas. A coleta de dados foi dividida em cinco etapas: 1) desenvolvimento de um curso sobre o uso de analogias; 2) planejamento de uma aula com o uso desse recurso; 3) implementação da aula; 4) entrevista semiestruturada e 5) discussão em grupo. Todas as etapas foram gravadas em áudio. As fases 1 e 5 foram realizadas com todas as participantes reunidas, e as fases 2, 3 e 4 realizadas individualmente com cada professora e a presença do pesquisador. O referencial analítico adotado foi a análise textual discursiva. Para a 1ª etapa foram geradas oito categorias acerca dos significados que as participantes atribuem às analogias e ao seu papel no ensino. Os resultados apontam que as participantes usam esse recurso de modo natural, sem nenhum tipo de planejamento prévio. Para a 2ª, 3ª e 4ª etapas, quatro categorias foram elaboradas. As professoras ficaram ansiosas quanto à efetivação da aula, ora relacionadas ao comportamento dos alunos e ao tempo previsto para a sua realização, ora às expectativas geradas sobre a avaliação do pesquisador. Para a 5ª etapa três categorias foram elaboradas. As participantes indicaram as dificuldades para inserção das analogias no planejamento didático, algumas relacionadas às características pessoais, outras às condições do trabalho docente, como a falta de formação específica. Foi possível perceber um movimento de reflexão sobre a prática com analogias à medida que as professoras participavam do curso, o qual possibilitou que emitissem opiniões e que participassem ativamente da própria formação. Conclui-se que o planejamento didático para o uso das analogias não é um processo natural, pois precisa de um constante estímulo e de uma formação específica. A superação da espontaneidade não ocorre a curto ou a médio prazo. Os processos formativos pautados na reflexão e na colaboração contribuem para tal superação, desde que os professores sejam estimulados a refletirem sobre a sua atuação e as condições de seu trabalho para que a inserção das analogias, no planejamento didático, aconteça conscientemente. |