Tratamento cirúrgico do hiperparatireoidismo primário

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Xavier, Cláudia Mendonça
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/194145
Resumo: Introdução: O hiperparatireoidismo primário é caracterizado pela elevação dos níveis de paratormônio (PTH) no sangue, que gera desequilíbrio na homeostase do cálcio devido a hiperfunção de uma ou mais glândulas paratireoides. Os principais órgãos acometidos são os rins e os ossos, no entanto, também pode afetar os sistemas cardiovascular e neurológico. Objetivo: Avaliar retrospectivamente os pacientes submetidos a paratireoidectomia para tratamento de hiperparatireoidismo primário no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu, no período de 1999 a 2019 e elaborar um protocolo para abordagem dos referidos casos. Casuística e Método: Foram avaliados 47 pacientes submetidos a paratireoidectomia neste serviço e que fizeram o acompanhamento pré e pós-operatório em nosso ambulatório. Realizou-se um estudo coorte com avaliação dos dados epidemiológicos a partir de prontuários. Resultados: 38 (80,5%) eram do sexo feminino e a média das idades foi de 60 anos. Em relação aos sinais e sintomas apresentados, 25 pacientes (54,3%) apresentavam queixas renais, 19 (41,3%) tinham história de litíase renal. Vinte e seis pacientes (56,5%) relatavam sintomas ósseos e 32 (73,7%) tinham alteração na densitometria óssea. Treze pacientes (27,65%) não apresentavam qualquer sintoma. Dez pacientes (21,7%) tiveram ultrassonografia positiva e em 36 (81,8%) a cintilografia detectou a glândula doente. Trinta pacientes (66,7%) apresentaram adenoma, seguidos por hiperplasia (23,3%) e carcinoma (8,9%). A comparação entre os exames pré e pós-operatórios mostrou significância nos valores do cálcio, fósforo, albumina e PTH. Observamos, quando comparados com os resultado do anatomopatológico, que nos casos de carcinoma e hiperplasia houve significância para os valores do cálcio e PTH. Conclusão: A paratireoidectomia é um procedimento seguro para o tratamento do hiperparatireoidismo primário com elevadas taxas de sucesso e baixa incidência de complicações. A normalização dos níveis de PTH, cálcio e fósforo, que possibilita a diminuição da agressão osteoarticular e renal, confirma a efetividade da cirurgia no tratamento do hiperparatireoidismo primário. A cintilografia de paratireoides permite identificar a glândula doente na maioria dos adenomas.