Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Ferreira Filho, Sebastião Pires [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/204435
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Resumo: |
Infeções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) são um importante problema de saúde pública em todo o mundo. Esse fenômeno é agravado pela resistência a antimicrobianos, que tem sido crescente em várias regiões, especialmente nos países em desenvolvimento (inclusive o Brasil). As IRAS são tradicionalmente associadas a processos de trabalho e gravidade dos pacientes. No entanto, nos últimos anos, tem surgido evidência de impacto de condições meteorológicas e sazonalidade da incidência de alguns patógenos associados à etiologia das IRAS. Entre esses patógenos tem destaque o Acinetobacter baumannii, que é hiperendêmico nos hospitais brasileiros. Realizamos um estudo para analisar a sazonalidade e o impacto de temperatura, umidade e pluviosidade sobre a incidência de infecções da corrente sanguínea por A. baumannii (ICSAB) em três hospitais de ensino localizados em diferentes Macrorregiões do Brasil: O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (Cidade de Botucatu, Estado de São Paulo, Região Sudeste); O Hospital da Universidade Federal de Goiás (Cidade de Goiânia, Estado de Goiás, Região Centro-Oeste) e o Hospital Universitário Walter Cantídio da Universidade Federal do Ceará (Cidade de Fortaleza, Estado do Ceará, Região Nordeste). O período de coleta de dados foi de 2006 a 2015. Utilizamos análise de séries temporais (Box-Jenkins) ajustadas para sazonalidade e modelos de Regressão de Poisson para identificar os efeitos de interesse, com estratificação de resultados por região, por tipo de enfermaria e pelo perfil de resistência do A. baumannii aos carbapenêmicos. Nossos achados apontaram marcada sazonalidade e associação com temperatura no Hospital de Botucatu-SP, que também apresentou maior incidência de ICSAB. No Hospital de Goiânia, houve sazonalidade somente em isolados de Unidades de Terapia Intensiva, enquanto naquele de Fortaleza não foi detectada sazonalidade. Concluímos que a amplitude térmica e a incidência de ICSAB são determinantes do comportamento sazonal, e que o controle de temperatura pode ser uma estratégia adequada para sua prevenção. |