Influência do herbicida Gesapax na atividade microbiana do solo e sua ecotoxicidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Régo, Ana Paula Justiniano [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/151088
Resumo: O herbicida Gesapax® (ingrediente ativo: ametrina) é utilizado em culturas de cana-de-açúcar para o combate a plantas daninhas. Devido as suas propriedades físico-químicas é encontrado com frequência nos corpos hídricos. Ao adicionar surfactantes químicos ao solo contaminado com compostos orgânico, ocorre uma diminuição da tensão superficial entre o contaminante e a fração solúvel do solo, favorecendo a degradação de compostos orgânicos, uma vez que o mesmo fica de maneira biodisponível à microbiota. Dessa forma, neste trabalho teve por objetivo avaliar a influência do herbicida Gesapax na atividade microbiana em amostras de solo, utilizando o surfactante químico Tween 80, como em forma de bioestimulação e adição de consórcio microbiano como forma de bioaumentação, a fim de atuarem como coadjuvantes no processo de metabolização do herbicida. Avaliou-se a atividade microbiana utilizando frascos respirométricos de Bartha e Pramer e utilizando a técnica de colorimetria com DCPIP. Fez-se a análise da biodegradação do herbicida por meio de ensaio de cromatografia (HPLC) em amostras retiradas dos respirometros. Também, avaliou-se a toxicidade do solo com o herbicida através dos organismos testes Saccharomyces cerevisiae, sementes de Lactuca sativa, Eruca sativa e Cucumis sativus, e a mutagenicidade em amostras de solo com a Tradescantia pallida (coração púrpura). Fez-se também a quantificação de bactérias e fungos do solo, finalizando com ensaio de biologia molecular, a fim de avaliar a perturbação da presença do herbicida no solo para a estrutura microbiana nos tratamentos. A adição de surfactante ao solo contaminado com herbicida, possibilitou grande aumento da atividade microbiana, em comparação ao solo controle. O mesmo ocorreu nos tratamentos com herbicida e consórcio microbiano. O herbicida foi metabolizado na presença do surfactante e consórcio microbiano. Também houve aumento na quantificação da microbiota do solo na presença desses coadjuvantes da biodegradação e nos ensaios ecotoxicológicos, com sementes diminuiu o potencial tóxico do Gesapax para os outros organismos testes. Por fim, nos ensaios moleculares, por meio de métodos independentes de cultivo, possibilitou observar o impacto do herbicida para a comunidade microbiana, causando grande perturbação no solo. No tratamento que continha herbicida e consórcio microbiano e surfactante causou maior diversificação da comunidade, concluindo que as bactérias atuaram como principal responsável na biodegradação do herbicida Gesapax em solo, sendo auxiliada pela utilização do surfactante, que acelerou a degradação, bioestimulando a microbiota do solo, além de ser viável para aplicação em campo. Portanto, a utilização de surfactante e consórcio microbiano auxiliou intensamente a metabolização do herbicida, diminuindo os riscos ecotoxicológicos provenientes da sua molécula, promovendo a desintoxicação do solo.