Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Figueira, Maykell Júlio de Souza |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/193182
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Resumo: |
Os ambientes formais de ensino são feitos de uma combinação complexa e dinâmica de diversos fatores que determinam as classes de objetivos que congregam professores e estudantes naqueles espaços, os tipos de atividades didáticas que são desenvolvidas e os conhecimentos que potencialmente serão desenvolvidos com o envolvimento dos indivíduos nas atividades propostas. Nos últimos anos, uma das linhas de pesquisa que têm crescido consideravelmente no Brasil e no mundo é a argumentação no ensino de Ciências. Dentro de seu escopo de investigações, têm ganhado destaque trabalhos que focam seus esforços no mapeamento das condições que ambientes formais de ensino oferecem para que os estudantes sejam levados a vivenciar o processo de emitir opiniões e de formular justificativas coerentes baseadas em fatos teóricos ou experimentais. No entanto, recentes publicações apontam que apesar do grande número de evidências que sugerem a incorporação de práticas argumentativas ao ensino de ciências, tais práticas ainda estão muito distantes dos cursos de formação de professores. Nesse sentido, o presente estudo de caso teve como objetivo central compreender como estão configuradas quatro disciplinas de um curso de Licenciatura em Física em relação a seis elementos que mais influenciam o desenvolvimento de saberes argumentativos por parte de seus estudantes. A pesquisa foi desenvolvida junto a professores e estudantes de um curso de Licenciatura em Física de uma universidade pública do estado de São Paulo entre os anos de 2016 e 2020. As disciplinas analisadas foram escolhidas por representarem bem a diversidade de departamentos que integram o curso, por estarem situadas em momentos importantes do curso e pelo fato de que os docentes já ministravam tais disciplinas há bastante tempo. Os dados foram obtidos por meio de entrevistas semiestruturadas com os docentes responsáveis por cada disciplina e com licenciandos do curso, de notas de campo do pesquisador ao acompanhar as aulas de cada disciplina, da leitura das ementas das disciplinas disponíveis na página do curso e de informações acadêmicas e profissionais dos docentes obtidas na Plataforma Lattes. Além disso, uma prática argumentativa foi realizada ao final de cada uma das quatro disciplinas, cujas transcrições de áudio e vídeo foram utilizadas para posterior análise. A análise de dados foi realizada a partir de conceitos da terceira geração da Teoria da Atividade e de modelos teóricos para a compreensão da argumentação em espaços formais de ensino. Os resultados do estudo revelam que apesar das recentes reestruturações curriculares que alteraram a estrutura e o funcionamento do curso, as quatro disciplinas analisadas não constituem espaços propícios ao desenvolvimento de saberes argumentativos, afirmação esta que poderia ser estendida para a maioria das disciplinas do curso. Tal constatação baseia-se no fato de que as alterações nos objetivos formativos do curso, expressos no novo projeto pedagógico e nas ementas de cada disciplina, parecem não ter sido capazes de promover mudanças significativas nas concepções de ensino e de aprendizagem dos docentes do curso e nos tipos de interações dialógicas mais recorrentes em sala de aula. |
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