O narrador e a construção da ficcionalidade em Juan Saer, Italo Calvino, Ubaldo Ribeiro e Bernardo Carvalho

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Micali, Danilo Luiz Carlos [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/102400
Resumo: Este trabalho focaliza o romance pela análise de quatro obras, publicadas de meados do século passado ao início deste – O cavaleiro inexistente, de Italo Calvino (1959); O enteado, de Juan José Saer (1982); O feitiço da ilha do pavão, de João Ubaldo Ribeiro (1997); e Nove noites, de Bernardo Carvalho (2002). Dois desses livros são de autores estrangeiros, o que ressalta o caráter comparativo deste estudo que examina questões literárias que ultrapassam fronteiras nacionais e lingüísticas. Partindo da hipótese de que os quatro romances possibilitam um debate em torno da construção da ficcionalidade e da representação da realidade pela linguagem literária, investiga-se procedimentos de construção narrativa teorizados por Bakhtin – paródia, intertextualidade, polifonia, dialogismo e carnavalização –, e conduzidos pelo narrador com base na relação entre realidade e linguagem. Esta relação não se limita ao plano discursivo-lingüístico desse corpus literário, mas se apresenta inserida na história narrada em cada livro, i.e., no seu plano diegético (supralingüístico). Portanto, a espinha-dorsal deste estudo é a problemática expressa pelo binômio realidade-linguagem – que relativiza o próprio conceito de literatura –, mas outros recursos narrativos são também analisados, como a prosa poética, o humor, a sátira e a ironia. Ainda faz parte da pesquisa verificar a confluência entre realidade histórica e ficção literária, inclusive na forma de metaficção historiográfica, observando até onde chega a ficção nesses romances, a partir do elemento histórico.