A Grande Guerra (1914- 1918) e os boletins semanais de Júlio Mesquita

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Almeida, Carlos Roberto de Melo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/152224
Resumo: A Primeira Guerra Mundial (1914-1918) não mobilizou apenas as nações beligerantes nos campos de batalha, mas também foi travada no ar e nos mares. A utilização de novas tecnologias para vencer o inimigo foi um marco da Grande Guerra. No entanto, é necessário destacar que, além da indústria, o conflito mobilizou também a imprensa, constituindo-se como momento propício para que os periódicos tomassem posições e adentrassem no combate, em defesa de grupos e ideais. No Brasil, mesmo antes do fim da neutralidade, que só ocorreu três anos após o início das hostilidades, o campo dos Aliados já havia sido escolhido. O jornal, O Estado de S. Paulo, não ficou ausente dos debates e das ideologias mobilizadas em torno da guerra e pela pena do seu diretor, Júlio Mesquita, forneceu aos seus leitores interpretações do conflito. Os artigos do diretor do matutino, publicados sob o título “Boletim Semanal da Guerra”, acompanharam semanalmente os quatro anos do conflito, que se estendeu muito além do que esperavam os contemporâneos e acabou por envolver nações distantes do continente europeu. A presente pesquisa visou analisar, de forma sistemática, todos os Boletins escritos por Júlio Mesquita, com o objetivo de verificar de que maneira seus textos, produzidos no decorrer dos acontecimentos, construíram uma dada leitura da guerra, ao sabor das transformações em curso no movimentado cenário internacional do período. Para tanto, tratou-se de identificar as questões e as interpretações trabalhadas pelo diretor do matutino, de modo a mapear as representações publicadas sobre a Primeira Guerra Mundial, bem como analisar a relação entre a escrita de Júlio Mesquita e suas fontes.