Componente de interação binaural do Potencial Evocado Auditivo Cortical em crianças com histórico de otite de repetição

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Oliveira, Letícia Sampaio de [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/153341
Resumo: Introdução: Os dois primeiros anos de vida de um indivíduo são os mais significativos para o desenvolvimento de habilidades auditivas e de linguagem. A neuroplasticidade durante esse período é máxima e o córtex mais responsivo, podendo realizar mais reorganizações neurais. Porém, caso o indivíduo sofra algum tipo de privação sensorial, oriunda de perdas auditivas sensorioneurais ou condutivas, durante a infância, o desenvolvimento das estruturas da via auditiva periférica e central será afetado, e trará consequências para o processamento binaural. O BIC pode trazer evidências em relação à binauralidade, pois a resposta evocada por um estímulo bilateral gera respostas mais específicas em relação ás estruturas responsáveis pelo processamento binaural, tornando sua análise mais confiável. Objetivo: Caracterizar as respostas auditivas corticais do Potencial Evocado Auditivo Cortical com estímulos de fala por estimulação monoaural e bilateral e analisar o BIC em neonatos e crianças sem e com histórico de otite de repetição. Metodologia: A pesquisa foi desenvolvida no Setor de Audiologia do Centro de Estudos da Educação e da Saúde (CEES), da Faculdade de Filosofia e Ciências, Universidade Estadual Paulista (UNESP), Campus de Marília, São Paulo. Foram selecionados sujeitos de zero a oito anos e 11 meses, em boas condições de saúde geral, de ambos os gêneros, divididos em grupo um (normalidade) e grupo dois (histórico de infecção auditiva), e entre eles divididos em subgrupos a partir da faixa etária. O procedimento de coleta foi o PEAC com estímulo de fala /ba/-/da/ em paradigma oddball. O resultado do complexo de ondas P1-N1-P2-N2-P3 foi avaliado pela pesquisadora e dois juízes experientes na área de eletrofisiologia. Foi realizado o cálculo aritmético dos 512 pontos da onda a fim de obter a grande média das ondas dos sujeitos de ambos os grupos. Foram realizados os testes estatísticos: Shapiro-wilk e Ancova de Medidas Repetidas Mista para analisar o efeito do grupo, da condição e da interação (grupo VS condição) controlando o efeito da co-variável idade e sexo. Resultados: Houve diferença significativa entre os grupos para todos os valores de latência, sendo que para as latências dos potenciais P1, N1, P2 e N2 as diferenças entre os grupos ocorreram nas três condições analisadas (OE, OD e binaural), demonstrando influência da privação sensorial. Para a latência do potencial P3 foi observado diferença entre os grupos somente para a OD e binaural. Não houve diferenças significativas em relação às amplitudes das ondas. Conclusão: Existem diferenças no PEAC com estímulos de fala e no componente de interação binaural de crianças com e sem privação sensorial.