Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Sabrina Juvenal de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/214569
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Resumo: |
Os ambientes não agrícolas, como florestas e matas, servem de abrigo para organismos que são responsáveis por diversos serviços ecossistêmicos, podendo contribuir com cultivos próximos a esses. No estado de São Paulo, canaviais adjacentes a fragmentos de floresta da Mata Atlântica são encontrados e, dessa forma, a regulação de pragas pode ser favorecida nestas condições. Assim, o objetivo deste trabalho foi analisar a influência de fragmentos florestais na dinâmica dos fatores de mortalidade de ovos e larvas de Diatraea saccharalis (Fabricius, 1794) (Lepidoptera: Crambidae) em cana-de-açúcar com o uso de tabelas de vida ecológicas. Para isso, coortes de ovos e larvas da broca da cana-de-açúcar foram acompanhadas em talhões de canaviais adjacentes a dois tipos de fragmentos de floresta (Plateau e Galeria) e em duas distâncias (5 e 100m) desses fragmentos. Os dados coletados foram utilizados para construção da tabela de vida ecológica e determinação dos principais fatores de mortalidade em cada situação analisada. Para a fase de ovo, os fatores de mortalidade foram classificados em inviabilidade por infertilização, predação, parasitismo, dessecação e desalojamento. Os fatores naturais de mortalidade que não puderam ser caracterizados foram agrupados como desconhecidos. Em ambas as safras houve diferença entre os fatores naturais de mortalidade de D. saccharalis, em que o fator predação se diferenciou dos demais. As formigas (Hymenoptera: Formicidae) e os crisopídeos (Chrysopidae: Neuroptera) foram os agentes predadores mais frequentes. Para a fase larval os fatores de mortalidade foram classificados em predação, parasitismo, afogamento e desconhecido, em que o agrupamento desconhecido se diferenciou dos demais. Além disso, observações de larvas neonatas demonstraram que a predação, a movimentação larval e o deslocamento causado pelo vento estão incluídos no agrupamento de fatores chamados de ‘desconhecido’. Em ambas as safras e estágios de desenvolvimento acompanhados não houve diferença entre a mortalidade nos dois tipos de fragmentos florestais ou entre as duas distâncias da mata. A presença dos fragmentos florestais não contribui para aumentar o controle natural da broca da cana-de-açúcar, mas pode sustentar populações dos inimigos naturais em condições ambientais adversas, garantindo a conservação dos predadores nas paisagens agrícolas e sua posterior recolonização. Por fim, os resultados relatados contribuem para a compreensão da dinâmica populacional de D. saccharalis em campo, demonstram os seus principais agentes reguladores e auxiliam na escolha de táticas de manejo contra a espécie-praga. |