O processo de reterritorialização dos gaúchos no Norte do Paraná: a construção de uma identidade territorial

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Colasante, Tatiana [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/148673
Resumo: Analisamos a migração dos gaúchos para a região Norte do Paraná dentro do processo de territorialização-desterritorialização-reterritorialização, destacando os aspectos socioculturais que colaboram para a manutenção de uma identidade territorial gaúcha no Paraná. A partir da compreensão do território em uma perspectiva múltipla que contempla as diversas relações de poder em seus aspectos naturais, econômicos, políticos, culturais e (i) materiais, buscamos analisar a relação intrínseca entre território, cultura e identidade para compreender de que forma os gaúchos mantém sua identidade territorial distante do Rio Grande do Sul. Quando os sujeitos se estabelecem territorialmente, criam vínculos identitários ou então, recriam culturalmente antigos valores ancestrais, permitindo que os grupos sociais se tornem mais coesos. Do ponto de vista migratório, os gaúchos se reterritorializam no Paraná, em sua maioria, no Sudoeste do estado, incentivados pela criação da Colônia Agrícola Nacional General Osório (CANGO) em 1943. No entanto, é interessante notar que o Norte do Paraná também denota a presença de migrantes gaúchos que se territorializam culturalmente através dos Centros de Tradições Gaúchas (CTGs), mas vêm sendo negligenciados nos estudos migratórios dessa região. A partir de pesquisa de campo em Londrina e Maringá, verificamos que os gaúchos preservam suas tradições nesses municípios mesmo que não frequentem os CTGs, o que confere uma rede de tradições que se estende por microterritórios. Além disso, identificamos um grupo de sujeitos nascidos no Paraná que se consideram gaúchos – os paranaúchos – e que se constituem em importantes difusores da cultura gaúcha no Norte do Paraná