Otimização do cultivo da microalga messastrum gracile usando diferentes intensidades de luz em regime foto-autotrófico e mixotrófico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Fenerick, Débora Cristina
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/214347
Resumo: O cultivo de microalgas é uma área que vem se destacando entre as principais pesquisas desenvolvidas atualmente e no mercado mundial, uma vez que estes microrganismos sintetizam diversos compostos de interesse humano nos diferentes setores, como proteínas, lipídios e pigmentos. A redução dos custos para o cultivo de algas com os meios de cultura comerciais e com a energia elétrica é necessária, pois representam a maior parte dos custos de produção. Das abordagens aplicadas neste estudo foram avaliados o crescimento, desenvolvimento biológico e bioquímico de Messastrum gracile e os aspectos econômicos do cultivo. Portanto, o objetivo deste trabalho foram testar dois meios de cultura, um comercial (CHU12) e outro de extrato da macrófita Eichhornia crassipes (ME – Macrophyte Extract) sob diferentes intensidades luminosas (30, 60, 90 e 120 μmol fótons m-2 s-1), foram utilizadas duas condições de cultivo, foto-autotrófico e outro mixotrófico, com uso de melaço de cana-de-açúcar como fonte de carbono, todos os experimentos nas diferentes condições de cultivo e meios de cultura, foram conduzidos em frasco com volume de 2 litros, em triplicata por um período de 21 dias. No meio de extrato de macrófita na intensidade luminosa de 120 μmol fótons m-2 s-1 em condição de cultivo foto-autotrófica foi observado a maior densidade celular média de 165 x105 cels mL-1 e a maior taxa específica de crescimento. Os teores de proteína foram maiores no 7º dia de cultivo do mixotrófico, com 90 e 120 μmol fótons m-2 s-1 em meio de cultura ME. O teor de lipídio foi mais elevado em 60 μmol fótons m-2 s-1 em meio CHU12. Com exceção do lipídio, o cultivo em meio de extrato de macrófita foi mais eficaz no desenvolvimento de M. gracile com elevada biomassa e proteína em relação ao meio CHU12. O meio de cultura ME proporcionou uma viabilidade econômica melhor com o maior lucro operacional na condição de cultivo mixotrófica, na intensidade de 90 μmol fótons m-2 s-1 -(US$ 9,043), sendo 133% mais barato que o meio CHU12 nas intensidades de 60, 90 e 120 μmol fótons m-2 s-1. Os cultivos avaliados neste estudo estão relacionados aos processos de produção e permitem a obtenção de produtos distintos (proteínas, bioenergia e pigmento). Dessa forma, o campo comercial do empreendimento aumenta apenas alterando o processo industrial para obter o produto desejado, sem a necessidade de alterar a infraestrutura da produção. Portanto, utilizar resíduos biológicos da aquicultura (macrófitas) e subprodutos da agroindústria (melaço) diminuem os custos de produção e proporciona destino para alguns resíduos que podem causar impactos danosos ao ambiente.