Indicadores de ansiedade, burnout, depressão, satisfação no trabalho e qualidade de vida em professores da rede municipal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Lorenzo, Suelen Moraes de [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/193467
Resumo: Os professores estão expostos a várias adversidades cotidianas, dentre as quais ambientes inadequados, carência de materiais, baixa remuneração, indisciplina dos alunos, conflitos nos relacionamentos interpessoais, formação insuficiente, extensas jornadas e até insegurança em alguns locais de trabalho. O contato diário com dificuldades e más condições laborais são fatores nocivos à saúde e propícios ao surgimento de doenças ocupacionais, com prejuízos de natureza física e mental. Com efeito, causam impactos na relação dos profissionais com a docência e na percepção sobre a qualidade de vida. A presente pesquisa buscou investigar a prevalência de indicadores de ansiedade, Síndrome de Burnout, depressão, satisfação no trabalho e qualidade de vida de professores do primeiro ciclo de ensino fundamental da rede pública, bem como a correlação entre tais variáveis. Para tanto, o método empregado foi um levantamento descritivo correlacional por meio da aplicação de escalas do tipo Likert. A coleta foi realizada em municípios de pequeno porte no interior do Estado de São Paulo e composta por 50 docentes, os quais responderam seis instrumentos, sendo eles: Questionário Geral com foco sociodemográfico, Inventário da Síndrome de Burnout (ISB), Questionários sobre a Saúde do/da Paciente (PHQ9 e PHQ4), Questionário de Satisfação no trabalho (S20/23) e Questionário de Qualidade de Vida (WHOQOL-BREF). Os dados foram analisados de acordo com as classificações dos respectivos manuais, submetidos à estatística descritiva (frequência, média e desvio padrão) e às técnicas de análises comparativas e correlacionais. Em todos os testes adotou-se o critério de significância de p≤ 0,05. Os resultados revelaram o predomínio de participantes sem problemas de ansiedade, burnout e depressão, assim como satisfação parcial no trabalho e percepção da qualidade de vida entre regular e boa. Contudo, 20% dos respondentes apresentaram indicadores de ansiedade, 26% Burnout e 22% depressão, o que é significativo dado que o ideal seria a inexistência desses indícios de problemas de saúde. Ainda, em maiores ou menores proporções, foi identificada uma associação entre as variáveis supracitadas. Por isso, a preocupação com esta parcela da amostra é imprescindível, pois os danos à saúde ocorrem tanto na esfera pessoal quanto coletiva, ao considerar que se tratam de construtos multidimensionais. Portanto, as informações obtidas podem ampliar a compreensão sobre à saúde do professor e nortear ações na interface saúde e educação nas escolas em questão e, em conjunto com outros estudos, também podem fundamentar medidas de prevenção e promoção da saúde e suscitar reflexões que possam acarretar melhorias para o ensino, desde que ponderadas as diferenças regionais e contexto local.