Estudo químico e biológico dos fungos endofíticos Microascus sp. e Nodulisporium sp. associados à alga vermelha Asparagopsis Taxiformis

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Santos, Camila Souza [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/136418
Resumo: O presente trabalho apresenta os resultados obtidos sobre o estudo químico e biológico dos fungos endolíticos Nodulisporium sp. e Microascus sp. associados à alga vermelha Asparagopsis taxiformis. Para tanto, fez-se uso das técnicas cromatográficas de separação CLAE (cromatografia líquida de alta eficiência), CG-EM (cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massas) e cromatografia em coluna (CC), além da avaliação dos potenciais antifúngico, anticolinesterásico e citotóxico dos extratos brutos, frações e subfrações de Nodulisporium sp. e Microascus sp. O estudo químico levou ao isolamento de quatro substâncias pertencentes à classe das diidroisocumarinas (substâncias S1, S2, S10 e S11), duas dicetopiperazinas (substâncias S3 e S4), um composto fenólico (S12), uma isoflavona (S8), um derivado hidroxiimino (S9), uma mistura contendo uma amida (S5) e um diol vicinal (S6), além do isolamento de um composto aromático (substância S7), ainda em fase de identificação. As estruturas das substâncias isoladas foram identificadas com base nos dados espectroscópicos de ressonância magnética nuclear uni e bidimensional (RMN de 1H, RMN de 13C, TOCSY-1D, HSQC, HMBC, COSY e HSQC-TOCSY), UV-Vis e espectrometria de massas (EM). Comporta ressaltar que o diol vicinal (S6) está sendo descrito pela primeira vez na literatura e que as demais substâncias isoladas não haviam sido relatadas para os gêneros Nodulisporium ou Microascus. A avaliação das atividades antifúngica e anticolinesterásica evidenciaram o potencial de bioatividade de extratos e frações de Nodulisporium sp. e Microascus sp, sendo reveladas atividades forte e moderada frente às enzimas acetilcolinesterase humana e de enguia elétrica. Este é o primeiro estudo químico e biológico relatado na literatura para os endófitos Nodulisporium sp. e Microascus sp. associados à alga vermelha Asparagopsis taxiformis e seus resultados promissores destacam a elevada quimiodiversidade dos extratos e frações dos fungos endofíticos obtidos do ambiente marinho, bem como seu potencial de bioatividade. Evidenciam ainda a importância de se aprofundar os estudos destas linhagens fúngicas visando contribuições relevantes na busca de protótipos para novos agentes terapêuticos através da exploração sustentável da biodiversidade marinha brasileira.