Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Pinotti, Karin Franco [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/144264
|
Resumo: |
Introdução: A técnica de fechamento convencional, após esternotomia mediana, para unir as duas partes do esterno, é realizada com fios de aço aplicando-se sutura simples ou sutura em forma de oito, no entanto, esta técnica tem sido associada a várias complicações pós-operatórias graves, tais como: deiscência da ferida, infecção esternal profunda, instabilidade esternal e mediastinite, principalmente em pacientes com fatores de risco, tais como portadores de osteoporose, diabetes, obesidade, entre outros. Novas estratégias para o fechamento de esternotomias medianas estão sendo propostas para tentar minimizar a incidência dessas complicações. Objetivos: Avaliar a eficácia de técnicas de fechamento esternal não convencional para a prevenção de complicações da ferida esternal após esternotomia mediana, comparando com o fechamento convencional. Métodos: A última pesquisa foi realizada nodia 15 de Setembro de 2015. Não houve restrições de linguagem. Os trabalhos foram obtidos a partir das seguintes fontes: Wounds Cochrane Grupo Especializada Register, Cochrane Central Register de Ensaios Controlados (CENTRAL), Ovid MEDLINE (1946 até o dia 15 de Setembro de 2015), Ovid EMBASE (1974 até o dia 15 de Setembro de 2015), EBSCO CINAHL (1982 até o dia 15 de Setembro de 2015) e LILACS (1982 até o dia 15 de Setembro de 2015). Foram pesquisados os registros de ensaios clínicos. Foram também rastreadas as listas de referências e contactados os autores necessários. Critério de seleção: dois revisores independentes identificaram os estudos para a inclusão. Foram incluídos estudos randomizados controlados de técnicas de fixação esternal após esternotomias, comparando métodos convencionais com métodos alternativos realizados com pessoas de qualquer idade, sexo e raça. Coleta e análise de dados: dois revisores extraíram independentemente os dados, avaliaram seu risco de viés e os desfechos para cada artigo. Para desfechos dicotômicos foi utilizada a razão de risco (RR) com intervalos de confiança (IC) de 95%. Para desfechos contínuos foram apresentados os resultados como diferenças de médias (MD) com intervalo de confiança (IC) de 95%. Resultados: Foram incluídos 23 estudos que envolveram 8741 pacientes. O maior risco de viés foi do mascaramento de participantes e pessoal, devido à natureza cirúrgica da intervenção. Houve uma diferença estatisticamente significativa favorecendo o fechamento não convencional, mas com uma baixa qualidade de evidência, quando analisados os desfechos: infecção profunda da ferida esternal (RR 0,24, IC95% 0,06-0,93; 16 estudos, 7559 participantes); instabilidade do esterno (RR 0,20, IC95% 0,07-0,56; 15 estudos, 5467 participantes); e tempo de ventilação mecânica (diferença média de -1,93 dias, IC 95% -3,77 a -0,10; 5 estudos, 1800 participantes). Não houve diferença nos desfechos: deiscência da ferida (RR 1,07, IC95% 0,60-1,89; 12 estudos, 6758 participantes); morte (RR 0,96, IC95% 0,64 a 1,45; 13 estudos, 4506 participantes); tempo de internação hospitalar (diferença média - 1,16 dias, IC 95% -3,15 a 0,83; 11 estudos, 4859 participantes); re-operação (RR 0,60, IC95% 0,23-1,60; 9 estudos, 5124 participantes); permanência na UTI (diferença média - 0,15 dias, IC 95% -0,37 a 0,07; 8 estudos, 5240 participantes); e mediastinite (RR 0,65, IC95% 0,18 a 2,39; 7 estudos, 3011 participantes). Houve diferença estatisticamente significante favorecendo a utilização de colete torácico pós-operatório, mas também com baixa qualidade de evidência, quando analisados os desfechos: infecção profunda da ferida esternal (RR 0,44, IC95% 0,25- 0,77; 3 estudos, 3510 participantes); tempo de internação hospitalar (diferença média - 5,16 dias, IC 95% -6,65 a -3,67; 2 estudos, 971 participantes); e reoperação (RR 0,43, IC95% 0,23 a 0,80; 2 estudos, 3289 participantes). Não houve diferença nos desfechos: deiscência da ferida (RR 1,07, IC95% 0,59-1,91; 3 estudos, 3510 participantes); instabilidade do esterno (RR 0,13, IC95% 0,01-1,22; 2 estudos, 971 participantes); e morte (RR 0,14, IC95% 0,02 a 1,16; 2 estudos, 971 participantes). Conclusões: Há alguma evidência, de baixa qualidade, de que o uso de métodos não convencionais, em pacientes de alto risco, pode reduzir a infecção profunda da ferida esternal, a instabilidade esternal e o tempo de ventilação mecânica no pós-operatório de esternotomia mediana, mas não há diferença quando se comparam as taxas de: morte, deiscência da ferida, mediastinite, reoperação, tempo de internação hospitalar ou internação em UTI. Existe uma baixa evidência de que o uso de colete torácico no pós-operatório pode reduzir a infecção profunda da ferida esternal, a reoperação e o tempo de internação hospitalar, mas não há diferença quando comparamos deiscência, instabilidade esternal e mortalidade. |