Alterações no esmalte dentário de ratos a partir da exposição perinatal ao Bisfenol A

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Costa, Silas Alves [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Rat
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/202114
Resumo: A amelogênese é um processo sensível às interferências de fatores genéticos, traumáticos, hormonais, de agentes medicamentosos e a alguns poluentes. O Bisfenol A (BPA) é um desregulador endócrino que tem sido sugerido como fator de interferência em processos importantes do período perinatal. OBJETIVO: Avaliar o desenvolvimento e a microestrutura do esmalte dentário de ratos a partir da exposição ao BPA durante o período gestacional e de amamentação. METODOLOGIA: Após o acasalamento e confirmação da prenhez, seis ratas (Rattus norvegicus, albinus, Holtzman) foram aleatoriamente distribuídas em três grupos que receberam diariamente, no Grupo 1: dose intragástrica de BPA (5 μg/kg) durante toda a gestação e até o período de desmame dos filhotes (21 dias após o nascimento); Grupo 2: dose intragástrica de óleo de milho puro durante a gestação e dose de BPA (5 μg/kg) durante o período de amamentação dos filhotes; Grupo 3: dose intragástrica de óleo de milho durante toda a gestação até o período de desmame dos filhotes. Os filhotes foram eutanasiádos nos períodos de 7 dias (G1=5; G2=5; e G3=4) e 12 dias (G1=7; G2=6; e G3=4) de vida para avaliações morfométricas dos germes dos dentes molares; e aos 60 dias foram eutanasiádos os filhotes (G1=17; G2=11; e G3=6) sendo extraídos os incisivos inferiores para análise do conteúdo elementar na superfície dos esmalte. Para o processamento histológico e análises morfométricas (7 e 12 dias), as cabeças dos ratos foram removidas, fixadas e processadas para inclusão em parafina. Cortes frontais exibindo os primeiros molares superiores foram corados com hematoxilina de Carazzi e eosina (H&E) para mensuração da espessura da matriz de esmalte nas regiões das cúspides e na lateral vestibular. Os incisivos (60 dias) foram submetidos a microscopia eletrônica de varredura (MEV) e espectroscopia por energia dispersiva (EDS) para análise do conteúdo de fósforo, cálcio e carbono. Os dados quantitativos foram comparados por ANOVA e pós-teste de Tukey e Games-Howell, considerando α=0.05. RESULTADOS: Os animais de 7 dias expostos ao BPA (G1 e G2) apresentaram matriz de esmalte com espessuras semelhantes e ambas mais delgadas que o grupo controle (G3) em todas as regiões avaliadas (p<0.036). Aos 12 dias, os animais ao BPA (G1 e G2) apresentaram espessuras semelhantes e ambas mais delgadas que o grupo controle (G3) na área da cúspide (p<0.004). Nos animais de 60 dias, os grupos expostos aos BPA (G1 e G2) não diferiram entre si quanto aos elementos avaliados, sendo ambos menores que o grupo controle (G3) para os elementos fósforo e cálcio (p<0.001). CONCLUSÃO: Os dentes dos animais que foram expostos ao BPA no período gestacional e/ou na amamentação sofreram alterações no conteúdo de cálcio, fósforo e carbono na superfície do esmalte dos dentes incisivos (60 dias) e redução da espessura da matriz de esmalte dos germes dos dentes molares (7 e 12 dias).