Estudo meta-analítico da flutuação de ingestão de massa seca no desempenho, comportamento ingestivo e saúde ruminal de bovinos confinados com dietas de alto concentrado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Pereira, Ismael de Castro [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/141503
Resumo: O presente estudo teve o objetivo de avaliar o impacto da flutuação natural da ingestão de massa seca no desempenho, características de carcaça, comportamento ingestivo, perfil metabólico sanguíneo e aspectos morfofisiológicos ruminais de bovinos alimentados com dietas de alta inclusão de concentrado, por meio de estudo meta-analítico. Os experimentos contidos na meta-análise utilizaram animais com grupamento genético similar ao utilizado em confinamentos comerciais brasileiros. A meta-análise teve como base de dados os resultados de dez experimentos conduzidos no Confinamento Experimental da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da UNESP, em Botucatu, entre os anos de 2006 e 2015. Os dados foram coletados a partir 838 bovinos, divididos em 238 baias, consideradas as unidades experimentais para o estudo. Os valores de flutuação de ingestão de massa seca na baia foram calculados pela diferença da ingestão de massa seca entre dois dias consecutivos e dividido pelo dia anterior para encontrar o valor em porcentagem. Com base na mediana geral de 5,62%, os animais foram divididos em dois grupos: alta e baixa flutuação de massa seca. As análises estatísticas foram feitas com auxílio do programa computacional R (versão 3.2.3). Utilizou-se um modelo de regressão linear misto para analisar os dados, no qual os experimentos e baias foram considerados como variáveis aleatórias e grupos de flutuação como variável fixa. Os grupos de baixa e alta flutuação apresentaram flutuação média de 4,79 e 6,47%, respectivamente. O grupo de baixa flutuação de ingestão de massa seca apresentou maior ingestão de massa seca em % do peso vivo (P < 0,01), maior ganho de peso diário (P = 0,05), maior ingestão de massa seca em kg (P = 0,06), maior ganho de peso total (P = 0,08), além de maior deposição em área de olho de lombo (P = 0,03) e menor força de cisalhamento (P = 0,03). Com relação ao comportamento ingestivo, o grupo de baixa flutuação de ingestão de massa seca apresentou maior taxa de eficiência da alimentação da massa seca, maior taxa da eficiência da ruminação da massa seca (P = 0,09), maior tempo de ruminação (P = 0,04) e menor tempo em ócio (P = 0,06), além de menor número de idas ao bebedouro (P = 0,04). Não foram observadas diferenças no perfil metabólico sanguíneo, incidência de rumenites e morfologia das papilas ruminais entre os dois grupos avaliados. Menor flutuação na ingestão de massa seca melhora o desempenho e ganho em musculatura de bovinos confinados.